Comodities, hipotecas, CDO, CDS, triplo-B, títulos subprime, fundos de investimento e tranches são siglas e expressões econômicas que os personagens do filme A grande aposta mencionam o tempo inteiro. O público não tem a obrigação de saber o significado delas e naturalmente fica sem entender os diálogos, mas todos vão captar a mensagem geral sobre como o mercado financeiro domina o mundo a partir de negociações absurdamente abstratas e cruelmente traiçoeiras.
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Em clima de comédia, A grande aposta retorna a temas já explorados em O Lobo de Wall Street, só que concentrado em detalhes mais específicos da especulação monetária do setor imobiliário, com ar de inteligência (cheio de boas frases) e embalado por recursos de edição espertinhos para fazer o público se divertir enquanto se perde nos números.
Steve Carell, Brad Pitt e Ryan Gosling estão no elenco (apesar de praticamente não contracenarem), em interpretações marcadas pelo tom de ironia e pela verborragia. Para não parecer um ator comum, Christian Bale abusa dos chiliques e até toca bateria, mas cai no exagero.
Baseados em fatos reais ocorridos na década passada, o filme mostra como esses ridículos homens brancos milionários norte-americanos podem ser responsáveis por crises financeiras mundiais que afetam a vida cotidiana da população, sobretudo os mais pobres e países distantes, como a Grécia (e também o Brasil).
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