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Jurema Fox lança projeto com Ni do Badoque

Reportagens da drag queen no programa Agora é hora fazem sucesso na internet

Foto: Jurema Fox/Divulgação

Jurema Fox nasceu no teatro, mas ganhou o carinho do grande público quando chegou à televisão. A personagem - criada no espetáculo Paloma para matar - é uma das particularidades do humor pernambucano presentes no programa Agora é hora, na TV Clube/Record. As entrevistas com anônimos nas ruas ou artistas nos bastidores de shows os transformam em personagens, assim como a drag queen interpretada por Reyson Santos, recifense de 26 anos.

"Flavinho, meu amor", como ela se dirige ao apresentador Flávio Barra, virou um meme e ecoa nas ruas do Recife. Além da televisão, ela também tem um projeto musical. Já participou do dominical Esquenta!, da Globo, no qual cantou com Preta Gil. A drag é uma das representantes do movimento brega local. Recentemente, lançou um projeto com a webcelebridade Ni do Badoque, colega do Agora é hora, intitulado Bonde e aê. Jurema Fox tem tudo para ser um dos destaques locais de 2016.

entrevista >> Jurema Fox

[SAIBAMAIS]

Com a inserção na televisão, o que mudou na vida da personagem?

A Jurema Fox foi um presente na carreira. A partir do programa Agora é hora, minha carreira começou a dar certo e atingir um público grande. Mudou tudo na personagem. As redes sociais deram um upgrade. O reconhecimento nas ruas é imenso. No começo, a gente fazia três matérias em uma manhã. Agora só consegue uma, porque muitas pessoas pedem fotos e vêm falar sobre o programa. O contato que as pessoas têm com a gente é muito legal. Aumentou também o número de convites para eventos e o valor do cachê.

Você segue uma linha muito despojada nas reportagens. É uma característica da personagem ou sugestão da direção?

Procuro seguir essa linha. Sempre tive isso na cabeça. A drag é uma caricatura da mulher. Então, a gente tem que dar aquele tempero a mais no jeito de falar, no jeito de fazer expressões, de andar… E o despojado vem da personagem mesmo. As entrevistas com artistas nacionais são exemplos claros disso. Já entrevistei Jorge e Mateus, Ivete Sangalo, Claudia Leitte, Anitta… E sempre boto na minha cabeça que tenho que fazer uma entrevista diferente. Ali não é uma jornalista. Eu tenho que tirar o artista da zona de conforto e fazer o negócio render. Flávio Barra foi uma pessoa importante na construção da Jurema Fox na TV. Eu faço comparações da primeira matéria e das de agora e vejo a mudança de linguagem e o tempo nas piadas. Flávio é um ótimo professor.

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Alguma das situações engraçadas te marcou mais?

Nas matérias do Agora é hora, os repórteres são personagens, junto com as pessoas da rua. Uma que me lembro foi uma matéria sobre o uso do SnapChat (rede social de vídeo). A gente foi para a rua saber o que as pessoas fariam se descobrissem que o filho deles usava o aplicativo. Eu me peguei em situações realmente hilárias… A galera entrava na brincadeira ou não tinha conhecimento do que era.

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Já tem algum projeto em vista para 2016?

Eu continuo com meu projeto musical, que deu grande visibilidade para a Jurema Fox. Estou com um projeto paralelo, com o Ni do Badoque, que se chama Bonde e Aê. Lançamos o primeiro clipe, chamado Treme Treme. Em 24 horas, somamos mais de 180 mil visualizações. O vídeo foi lançado no programa. Vamos começar a rodar com shows do projeto. Estamos apostando muito! Também estou com projeto de espetáculo para o segundo semestre de 2016 com a Jurema Fox. Seria uma linha stand-up comedy. Vem de uma pesquisa de uns dois anos. Quero muito voltar ao teatro. Acho que será uma boa oportunidade.

Números

6 anos

de personagem

1 ano

de televisão

16 anos

de carreira

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