Foi em 1902 que o jornal O Estado de São Paulo publicou pela primeira vez a frase: “O sertanejo é antes de tudo um forte”. Mais que uma frase, uma constatação que Euclides da Cunha fez em uma série de reportagens nos sertões nordestinos. Reportagens que no mesmo ano se transformaram em um dos clássicos da literatura brasileira:Os Sertões.
Nesta quarta-feira, 20 de janeiro, há 150 anos, nascia Euclides da Cunha. Um homem a frente do seu tempo que além de escritor foi jornalista, sociólogo, geógrafo e engenheiro.
A vida trágica virou livro e rende ainda muita especulação. Euclides da Cunha morreu aos 43 anos depois de tentar matar Dilermando, o amante da mulher, Ana de Assis. Tragédia que ainda continuou com a morte do próprio filho, anos depois pelo mesmo Dilermando. Vida e ficção que se misturam.
Segundo escreveu o biógrafo pernambucano Sylvio Rabello, Euclides galgou espaço no jornal O Estado de S. Paulo após enviar ao periódico dois artigos escritos na primeira fase da Guerra de Canudios, em 1897. Acabou viajando para presenciar o fina do conflito como correspondente de guerra. Euclides considerava, de acordo com Rabello, que o movimento de Antônio Conselheiro queria retaurar a monarquia. Ele retornou alguns dias antes do fim do conflito, mas reuniu material suficiente para, nos cinco anos seguintes, escrever Os Sertões.
Com a repercussão do livro, chegou a ocupar vagar na Academia Brasileira de Letras (ABL) e para o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB).
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