Vários DJs, local secreto, uma plateia seleta de convidados e transmissão em streaming pela internet. Esta é a foto projeto Boiler Room, que desembarca no Recife nesta quinta-feira (21). Entre os convidados, estão os DJs 440, Tahira, Gilles Peterson, Todd Terry e Nuts, que já tocou com nomes como Marcelo D2.
A transmissão será aberta ao público a partir das 21h através do portal Stay True. Além da transmissão ao vivo, as performances ficarão arquivadas e disponíveis após o fim do evento.
Em entrevista ao Viver, DJ Nuts, que já fez turnês pelos Estados Unidos e pela Europa, reflete sobre o cenário da musica eletrônica atual e opina sobre a valorização da cultura nacional. Confira:
Entrevista >> DJ Nuts
Você acha que, nos últimos anos, a música eletrônica vem ganhando mais espaço nas festas e bailes brasileiros?
Com certeza, isso acontece muito porque os outros gêneros vão meio que esgotando, não chamam mais tanto a atenção das pessoas. É natural, vai desgastando e é preciso que outra tendência venha e assuma a popularidade. Acho que não só a eletrônica, mas o rap também está sendo uma das maiores forças musicais na atualidade.
Ter tocado com nomes como Marcelo D2, que mistura samba, rap e rock, mudou de alguma forma a maneira como você pensa os sets?
Até pouco tempo atrás, os jovens do Brasil não davam muita importância à própria cultura. Graças a Deus, isso vem mudando. Eu sempre procuro tocar umas coisas nacionais, samba e etc...
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Hoje em dia, a maioria dos festivais de música como Rock in Rio e Lollapalooza tem atrações eletrônicas entre os headliners. E nos últimos anos houve a aparição de alguns DJs "superstars", como Calvin Harris, Deadmau5... Como você vê esse novo cenário?
Eu apoio todos os segmentos de DJs, sem preconceito nenhum. É muito comum ver DJs substituindo bandas em festivais. Acho que essa tendência só tende a aumentar.
Quais as principais diferenças do público brasileiro para o público internacional?
O público brasileiro, de certa forma, é muito americanizado. A gente consome muito o que vem de fora e acaba não prestando atenção no que se faz aqui. É lindo, por exemplo, tocar em outros países e ver o pessoal animado com o som da nossa terra.
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