O xerife Robert Hermann, do Condado de Manitowoc, no estado de Wisconsin, EUA, se mostrou insatisfeito como a série documental Making a murderer, exibida pelo Netflix. Em entrevista ao site The Wrap, o policial afirmou que algumas imagens cruciais envolvendo Steven Avery, personagem principal do programa, foram "manipuladas".
"Por conta de toda a mídia que o programa está atraindo, eu assisti com meu inspetor e reafirmo o que disse. Em diversas partes durante o programa, você vê que eles fazem cortes e manipulam as coisas", comentou Hermann. "Uma parte bem evidente é uma das entrevistas com Steven Avery no episódio 5 – se você assistir a um vídeo, ele pula de 3:20 para 3:21, então para 3:17, e depois para 3:22 e para 3:18", completou.
Esta não foi a primeira vez em que o xerife fez críticas ao programa. Em declarações publicadas no site Herald Times Reporter, Hermann comentou sobre a produção antes mesmo de assisti-la. "Um documentário coloca as coisas em ordem cronológica e conta a história como ela é... ouvi dizer que as coisas estão distorcidas", afirmou. "Eles tiraram coisas de contexto e tiraram elas da ordem em que ocorreram, o que pode levar as pessoas a ter uma opinião ou uma conclusão diferentes".
Making a murderer retrata a história de Avery, um homem preso por agressão sexual por 18 anos. Ele foi solto após um novo exame de DNA ter levado à revisão do caso. Dois anos depois, Avery foi acusado de estuprar e matar Teresa Halbach e foi condenado à prisão perpétua em 2007. A série documental mostra uma teoria de que o acusado tenha sido vítima do sistema legal de Wisconsin. Desde a estreia, em dezembro, várias petições pedindo a libertação de Avery surgiram na internet.
Leia a notícia no Diario de Pernambuco