[SAIBAMAIS]O modelo Renan é alvo permanente das investidas de Juliana e Munik no Big brother Brasil 16. Ao resistir às duas por afirmar ter um relacionamento fora da casa, o participante tem a sexualidade constantemente questionada por internautas nas redes sociais. A hashtag "Gaynan" foi criada para rebatizar o concorrente. Diante dos comentários, mãe e amigos do brother chegaram a declarar que ele não é homossexual.
Prova de resistência chega ao fim depois de 12 horas
A repercussão na internet desencadeia uma discussão sobre assédio, machismo e heteronormatividade, a partir da seguinte simulação: as opiniões sobre o tema seriam as mesmas se fossem homens insistentes - muitas vezes sob efeito de bebida - diante da recusa feminina, até com ataques durante a hora do sono?
"O homem é refém do machismo. Ele não pode chorar, não pode recusar uma transa, não pode mostrar que tem sentimento. Se faz isso, é dito como corno, gay...", critica a bailarina Bella Maia, militante feminista que participou da 14ª edição do BBB. "Não tenho interesse mais no programa, principalmente depois de ter participado. Mas que bom que isso está sendo debatido", ressalta.
Internautas dizem que houve irregularidade na prova do líder
A própria edição do Big brother Brasil já ironizou a postura de Renan. O modelo ganhou o apelido de "Bananan" em um VT sobre Munik e, no quadro de humor de Mauricio Ricardo, foi apresentado como alguém de orientação sexual ambígua. "Acho que isso seria um caso de homofobia também, mesmo ele não sendo gay. Isso mostra como todas as pessoas são machistas e homofóbicas, como se todo gay fosse misógino, o que não é verdade", analisa a militante feminista Ray Farias, dos grupos Diadorim, Rua e Brigadas Populares.
A goiana Munik, de 19 anos, insiste nas provocações a Renan. Até quando ele está dormindo, ela sobe em cima dele para ganhar um beijo do rapaz. "Eu não sei se a palavra é assédio neste contexto. Assédio é violência de gênero. Mulheres sofrem assédio por serem mulheres. A gente não aprende a assediar o homem, por exemplo", analisa Ray. Para Bella Maia, o assédio também existe contra o homem. "Se o homem está dizendo que não quer, isso tem que ser respeitado. Não é não para todos. O homem precisa ser livre", explica a bailarina.
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