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BBB 16: assédio feminino em Renan reacende debate sobre limite entre paquera e abuso sexual
Candidato é chamado de Gaynan por não corresponder às colegas de casa
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 19/02/2016 21:22 Atualizado em: 19/02/2016 21:41
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| Munik investe em Renan à noite. Foto: TV Globo/Reprodução |
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A repercussão na internet desencadeia uma discussão sobre assédio, machismo e heteronormatividade, a partir da seguinte simulação: as opiniões sobre o tema seriam as mesmas se fossem homens insistentes - muitas vezes sob efeito de bebida - diante da recusa feminina, até com ataques durante a hora do sono?
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| Juliana se deita sobre Renan. Foto: Globo/Divulgação |
"O homem é refém do machismo. Ele não pode chorar, não pode recusar uma transa, não pode mostrar que tem sentimento. Se faz isso, é dito como corno, gay...", critica a bailarina Bella Maia, militante feminista que participou da 14ª edição do BBB. "Não tenho interesse mais no programa, principalmente depois de ter participado. Mas que bom que isso está sendo debatido", ressalta.
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A própria edição do Big brother Brasil já ironizou a postura de Renan. O modelo ganhou o apelido de "Bananan" em um VT sobre Munik e, no quadro de humor de Mauricio Ricardo, foi apresentado como alguém de orientação sexual ambígua. "Acho que isso seria um caso de homofobia também, mesmo ele não sendo gay. Isso mostra como todas as pessoas são machistas e homofóbicas, como se todo gay fosse misógino, o que não é verdade", analisa a militante feminista Ray Farias, dos grupos Diadorim, Rua e Brigadas Populares.
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| Postura do brother foi ironizada. Globo/reprodução |
A goiana Munik, de 19 anos, insiste nas provocações a Renan. Até quando ele está dormindo, ela sobe em cima dele para ganhar um beijo do rapaz. "Eu não sei se a palavra é assédio neste contexto. Assédio é violência de gênero. Mulheres sofrem assédio por serem mulheres. A gente não aprende a assediar o homem, por exemplo", analisa Ray. Para Bella Maia, o assédio também existe contra o homem. "Se o homem está dizendo que não quer, isso tem que ser respeitado. Não é não para todos. O homem precisa ser livre", explica a bailarina.
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