Às vésperas do carnaval - e após uma manhã de pescaria em Maragogi -, período no qual subirá ao palco diariamente, o cantor e compositor pernambucano Lenine conversou sobre os planos para a folia de Momo, o disco Carbono, lançado no ano passado, e a atual estadia no Recife. Ele está na cidade natal desde a semana passada, quando participou do 52º Baile Municipal do Recife, e aproveitou para curtir o período com a família.
Confira a programação completa do carnaval do Recife
De volta ao carnaval pernambucano - no ano passado, ele estava imerso em gravações -, Lenine comentou a emoção de se apresentar no Marco Zero, para milhares de pessoas. Ele se apresenta no principal palco da festa recifense no sábado, à 0h40, em noite que terá ainda shows do Maestro Duda, Silvério Pessoa, Nena Queiroga e Almir Rouche.
Lenine está de volta à folia pernambucana
O repertório mesclará clássicos dos mais de 30 anos de carreira e canções de Carbono, que tem duas faixas ligadas à festa: Cupim de ferro, composta e gravada em parceria com a banda pernambucana Nação Zumbi, que mistura frevo e maracatu, e À meia-noite dos tambores silenciosos, em homenagem à cerimônia celebrada às segundas-feiras, à meia-noite, no Pátio do Terço.
Leão do Norte, por exemplo, é tida por ele como obrigatória. Lenine cantará com Naná Vasconcelos e a também convidada Sara Tavares, portuguesa com ascendência cabo-verdiana, na cerimônia de abertura, e também participará do show capitaneado pelo Maestro Forró, um dos homenageados deste ano. A agenda dele inclui shows em Campo Grande, no domingo, em Paulista, na segunda-feira, e em Bezerros, na terça-feira.
Folião desde a juventude, ele recordou os tempos de festa no Recife, em Olinda e no interior, como Bezerros e Nazaré da Mata, e reverenciou artistas como Capiba e Maestro Duda, o pagador do primeiro cachê da carreira profissional dele. Lenine substituiu um amigo, guitarrista da banda, e precisou "enganar" (com uma trança escondida no paletó) a esposa do maestro, Dona Mida, que não aprovava a cabeleira comprida do galego. No Rio de Janeiro, cidade para qual se mudou desde o fim dos anos 1970, ele foi um dos criadores do tradicional bloco Sovaco do Cristo, criado em 1985.
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