Depois de repercussão negativa nas redes sociais, Claudia Leitte desistiu de utilizar recursos da Lei Rouanet para financiar uma biografia. Sem revelar se o material ainda será publicado, a produtora que tem a baiana entre as sócias, a Ciel Empreendimentos, revelou que o recurso não chegou a ser captado. "A Ciel repudia notícias maldosas que sugerem que Claudia Leitte se beneficia de incentivos fiscais e informa ainda que o mesmo já estava abortado —sendo assim, como o recurso não foi captado, será arquivado no MinC", diz nota divulgada pela empresa.
A cantora chegou a receber autorização do Ministério da Cultura para captar R$ 356 mil e publicar duas mil cópias de um livro com entrevista exclusiva e fotografias pessoais. A liberação ocorreu em meio a discussões acerca da Lei Rouanet. O Tribunal de Contas da União (TCU) publicou, no início do mês, determinação de que projetos culturais "que apresentem forte potencial lucrativo, bem como capacidade de atrair suficientes investimentos privados" não podem mais captar recursos por meio da lei de incentivo. Ao propor o projeto, a Ciel argumentou que o projeto representava um "impacto cultural positivo".
Inicialmente, a empresa tinha pedido R$ 540 mil ao MinC para colocar o projeto em prática. Apesar do requerimento, o governo autorizou mais do que a metade do valor solicitado. A proposta inicial, de acordo com o texto de solicitação do apoio, seria disponibilizar parte do material de forma gratuita.
Em 2011, o MinC autorizou a cantora Maria Bethânia a captar R$ 1,3 milhão para a criação de um blog. A ideia era lançar um portal com postagens diárias de vídeos da baiana proclamando poemas. O projeto motivou uma série de manifestações contrárias na internet e acabou sendo "arquivado".
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