Cinema Fátima, filme de Philippe Faucon, leva César de melhor filme Longa narra a história de uma empregada doméstica que, sozinha, cria duas filhas.

Por: AFP - Agence France-Presse

Publicado em: 27/02/2016 09:09 Atualizado em:

O diretor francês Philippe Faucon posa com o troféu César de melhor filme por seu longa-metragem "Fátima", em Paris, no dia 26 de fevereiro de 2016. © AFP KENZO TRIBOUILLARD
O diretor francês Philippe Faucon posa com o troféu César de melhor filme por seu longa-metragem "Fátima", em Paris, no dia 26 de fevereiro de 2016. © AFP KENZO TRIBOUILLARD

Fátima
, um longa-metragem sobre uma empregada doméstica magrebina que cria sozinha as duas filhas, levou nesta sexta-feira o César de melhor filme, o prêmio mais prestigioso do cinema francês. "Não consigo acreditar que estou aqui agora. Devo isto enormemente às três magníficas de Fátima", declarou seu diretor Philippe Faucon, em cerimônia marcada pela diversidade.

Além do César de melhor longa-metragem, Fátima levou o de melhor roteiro adaptado e melhor atriz revelação para uma emocionada Zita Hanrot. O filme franco-turco Mustang, uma ode à liberdade que narra a odisseia de cinco irmãs adolescentes na Turquia, levou o prêmio a uma obra prima, melhor roteiro, melhor montagem e melhor música. "É uma imensa honra", declarou a cineasta Deniz Gamze Ergüven, cujo filme disputa o Oscar de melhor filme de língua não inglesa.

Após levar quatro prêmios Oscar em 2015, Birdman, do mexicano Alejandro González Iñárritu, levou o César de melhor filme estrangeiro. Esta comédia negra com toques fantásticos, protagonizada por Michael Keaton, narra a trajetória de um ex-ator de filmes de super-heróis, que quer voltar ao estrelado através do teatro. Catherine Frot venceu na categoria melhor atriz pela interpretação de uma diva tragicômica em Marguerite, filme que também levou os prêmios de melhor som, figurino e cenário.

O prêmio de melhor ator ficou com Vincent Landon por La loi du marché, um filme sobre a brutalidade do mundo do trabalho, que já lhe rendeu o prêmio de melhor interpretação masculina no Festival de Cannes. O diretor Arnaud Desplechin foi reconhecido como o melhor diretor pelo relato iniciático "Trois souvenirs de ma jeunesse". O César honorário ficou com o ator americano Michael Douglas, que já recebeu um em 1998. "Para mim, a França é um país extraordinário. Conheci Catherine (Zeta-Jones, sua esposa) em Deauville (...) Estou muito feliz", declarou o astro no tapete vermelho.

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