[SAIBAMAIS]Jornalismo e entretenimento caminham juntos no programa matinal Bem estar, exibido na Globo. A jornalista Michelle Loreto experimenta o intercâmbio de gêneros desde outubro do ano passado, quando passou a fazer parte do núcleo de repórteres da atração. Nos próximos meses, a pernambucana encara o desafio de substituir Mariana Ferrão, que está de licença-maternidade. Michelle saiu do Recife há mais de dez anos. "Costumo dizer que se eu ficar muito tempo sem ir ao Recife, fico fraca. É no Recife que recarrego minha energia", comenta a jornalista, em entrevista ao Viver.
Formada em jornalismo pela Universidade Católica de Pernambuco, Michelle passou por outras áreas de atuação antes de chegar à televisão, como rádio, impresso e assessoria de imprensa. Ela começou a trabalhar na TV Guararapes (atualmente, TV Clube/Record), ainda como estagiária, em 2000. Após quase cinco anos, ela seguiu para São Paulo. A recifense se tornou conhecida nacionalmente ao se tornar "mulher do tempo" do Jornal Nacional, cuja despedida do cargo foi no ano passado, quando foi substituída por Maria Julia Coutinho.
A sua trajetória sempre foi voltada para o jornalismo. Como se sente na apresentação do Bem estar, caracterizado pela mistura com o entretenimento?
O Bem estar é uma oportunidade gigante de fazer algo inovador na televisão. Como você disse, misturamos jornalismo com entretenimento. E fazer infotainment - combinação de entretenimento e informação - é desafiador, tenho aprendido algo novo todos os dias. Nossa equipe é toda formada por jornalistas e nossa preocupação com a notícia é a mesma de outros telejornais. Uma coisa complementa a outra.
Após a experiência como Mulher do Tempo, é um desafio ser apresentadora do programa?
Todo trabalho novo é um desafio. E o Bem estar está me desafiando ainda mais todos os dias por ser um programa dinâmico, que exige concentração, conhecimento e domínio de estúdio. Estou aprendendo todos os dias. E muito! O Fernando Rocha (que já é meu amigo há muito tempo, desde Recife) tem me ajudado muito. Não só como amigo, mas como parceiro na apresentação. Ele está no Bem estar há 5 anos, conhece tudo. Sempre conversamos sobre o programa.
Como foi a preparação para substituir Mariana Ferrão?
Já estava desde outubro na reportagem do Bem estar. E fazer as matérias para o programa foi um grande aprendizado. Assim, fiquei mais familiarizada com o assunto. Também fizemos alguns pilotos antes da estreia, participei das reuniões de pauta e conversei bastante com a Patrícia Carvalho, diretora do programa, com a Mariana e o Fernando. Eles me ajudaram muito!
Como foi seu início na profissão? Quando chegou à Globo?
Comecei a trabalhar com jornalismo ainda na faculdade, no ano de 2000. A televisão realmente me fisgou. Não achava que seria, não planejava isso, mas foi. Duas pessoas aí me incentivaram muito a trabalhar em televisão: os jornalistas Álvaro Filho e Marlise Nadler. Resolvi arriscar achando que não daria certo. Mas me apaixonei pela televisão. E estou aqui até hoje. Com 25 anos, resolvi que estava na hora de tentar novos caminhos. Distribuí meu currículo, fiz teste e entrevista em algumas emissoras. Até que consegui uma vaga temporária na TV Vanguarda, afiliada da Globo em São José dos Campos, interior de São Paulo. Estava cobrindo férias. A chefia da Globo de São Paulo me viu e me chamou para cobrir férias aqui. Enquanto estava na reportagem, me pediram para fazer um teste para o mapa tempo. E fiquei.
Como enxergou a sua saída do Jornal Nacional, após dez anos como mulher do tempo?
A minha saída do tempo foi algo bastante conversado e planejado. Estava querendo voltar para reportagem. Sabia que precisa voltar para a rua, que a minha carreira profissional precisava disso. Tive todo o apoio da diretoria para essa transição. Digo que foi um momento aguardado, desejado, planejado... que deu frio na barriga... e que foi bom. Muito bom.
Já sofreu algum tipo de preconceito por ser do Nordeste?
Não. São Paulo me recebeu muito bem. Fiz uma segunda família aqui, tenho muitos amigos, para todos os momentos. Na Globo, também não tive nenhum problema em relação a isso. Pelo contrário, as pessoas aqui ficam felizes quando sabem que sou pernambucana, gostam daí. A minha adaptação foi muito fácil e muito boa.
NÚMEROS
10 anos
Atuou como Mulher do Tempo
12 anos
Carreira na televisão
5 anos
Tempo do programa Bem estar
Leia a notícia no Diario de Pernambuco