Luto
Morre escritora norte-americana Harper Lee, autora do best-seller O sol é para todos
No ano passado, ela voltou a chamar a atenção do mundo literário com o lançamento da sequência do livro
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 19/02/2016 13:19 Atualizado em: 19/02/2016 13:52
Harper Lee. Foto: vulture.com/Reprodução da internet |
Morreu nesta sexta-feira (19) a escritora norte-americana Harper Lee, 89 anos, que no ano passado voltou a chamar a atenção do mundo literário com o lançamento de Vá, coloque um vigia, sequência do clássico O sol é para todos (1960). A morte foi confirmada pela editora HarperCollins ao jornal New York Times. Pela idade avançada, ela vivia em uma casa de repouso e sofria de dificuldades visuais e auditivas.
O outro livro de Harper Lee era considerado um texto perdido pela autora, que decidiu publicá-lo mais de 50 anos depois do primeiro best-seller. Com O col é para todos, Harper Lee venceu vários prêmios, entre eles o Pulitzer. A obra, que trata sobre racismo e preconceito, vendeu mais de 40 milhões de cópias pelo mundo e foi adaptada para o cinema com título homônimo (o longa venceu o Oscar, em 1962, de melhor roteiro adaptado). Narra a história de um advogado que decide defender um homem negro acusado de estuprar uma mulher branca.
Nascida em 28 de abril de 1926 na cidade de Monroeville, no Alabama, a escritora recebeu, em 2007, a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos por suas contribuições à literatura. No filme biográfico Capote (2005), sobre o jornalista Truman Capote, a autora se torna personagem, interpretada por Catherine Keener. Ela já havia sido referenciada em outro filme sobre Capote, Other rooms (1995), além dos longas Infamous (2006) e TV scandalous me: The Jacqueline Susann story (1998). A obra também foi vastamente adaptada para o teatro. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a história ganhará uma versão em espetáculo da Broadway.
Em entrevista concedida em 1964 para a imprensa norte-americana, Harper Lee disse que o sucesso foi inesperado. “Eu nunca esperei nenhum tipo de sucesso com ‘Mockingbird’, eu esperava por uma morte rápida e indolor nas mãos dos críticos mas, ao mesmo tempo, eu também esperava que alguém fosse gostar do livro a ponto de me encorajar. Publicamente. (...) Minhas expectativas eram baixas, como eu disse, mas a recepção foi muito boa e, de certa forma, isso foi tão assustador quanto a morte rápida e indolor que eu esperava.”
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