Televisão Velho Chico estreia com fotografia primorosa e temáticas sociais Obra de Benedito Ruy Barbosa conta uma história de amor impossível e rivalidade entre famílias

Por: Fernanda Guerra - Diario de Pernambuco

Publicado em: 14/03/2016 22:15 Atualizado em: 15/03/2016 10:15

Participação de Tarcísio Meira foi marcada por cenas tensas e dramáticas, como na briga com Capitão Rosa, personagem de Lombardi. Foto: TV Globo/Reprodução
Participação de Tarcísio Meira foi marcada por cenas tensas e dramáticas, como na briga com Capitão Rosa, personagem de Lombardi. Foto: TV Globo/Reprodução

Velho Chico
, nova novela das 21h da Globo, percorre a contramão de novelas antecessoras. A estreia da produção mostrou uma fotografia primorosa. As gravações feitas em cidades nordestinas banhadas pelo Rio São Francisco já podem ser consideradas um trunfo da novela, visto que a teledramaturgia brasileira costuma ser ambientada em locações urbanas. Com as águas do Rio São Francisco e temáticas sociais como pano de fundo, o romance proibido e a rivalidade entre duas famílias conduzem a trama de Benedito Ruy Barbosa.

Para os pernambucanos, as primeiras imagens do capítulo tiveram um sabor especial. O compositor Maciel Melo, que participa como um repentista ao lado do parceiro Xangai, fez uma apresentação de abertura cujo tema falava sobre amor impossível, trama central da obra escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi e dirigida por Luiz Fernando Carvalho.
Musicalidade de Maciel Melo e Xangai embalam cenas da novela. Foto: TV Globo/Reprodução
Musicalidade de Maciel Melo e Xangai embalam cenas da novela. Foto: TV Globo/Reprodução

A delicadeza das cenas que retrataram o envolvimento entre Iolanda (Carol Castro) e Afrânio (Rodrigo Santoro) - em sequências musicais e tropicalistas - serviu como contraste da tensa briga entre Capitão Rosa (Rodrigo Lombardi) e Coronel Jacinto (Tarcísio Meira). O primeiro capítulo introduziu a rivalidade entre as duas famílias, que irá reger o folhetim até o fim, e contemplou uma perspectiva social, a partir de cenas dos retirantes Miro (Chico Diaz) e Piedade (Cyria Coentro) que fogem da seca, além de contextualizar o coronelismo predominante dos anos 1960.

Para resgatar a audiência da faixa nobre, Velho Chico retoma a receita de uma novela rural, mas não só isso. Após 12 anos, Santoro volta a participar de uma folhetim. Ele estará na primeira fase, com previsão de 24 capítulos. O último bloco do primeiro capítulo explorou as adversidades e o drama entre o personagem do ator e a mãe, Encarnação (Selma Egrei), que não supera a morte do primeiro filho e o culpa por isso. Também retratou o romance com Iolanda, com direito a cenas de nudez.

Além da locação no Nordeste, a novela conta com 70% do elenco formado por atores da região. Entre os pernambucanos, Renato Góes, Ivann Gomes (Batoré), Irandhir Gomes, Alberto Brigadeiro e Maciel Melo. É um frescor para a teledramaturgia brasileira que, enfim, aposta na renovação de talentos.

De acordo com dados prévios do Ibope, a média de audiência do primeiro capítulo foi de 35 pontos, com pico de 37. A regra do jogo, a antecessora, registrou 31 no primeiro capítulo.

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