Cinema
Convergente, penúltimo longa da série mais ironizada pela crítica nos últimos anos, volta aos cinemas
Os dois longas anteriores renderam, em todo o mundo, mais de US$ 550 milhões
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 10/03/2016 17:06 Atualizado em: 10/03/2016 17:42
Quatro (Theo James) assume a frente do grupo de resistência: planos ingênuos e furos no roteiro geraram várias críticas. Foto: Divergente/Reprodução |
Esticar a história para tirar da cartola mais um sucesso de bilheteria parece ser a nova regra entre as franquias do cinema norte-americano, sobretudo aquelas voltadas para o público juvenil e jovem adulto. Assim como ocorreu com Crepúsculo, Harry Potter e Jogos vorazes, o último capítulo da saga Divergente foi dividido em dois filmes. O primeiro deles – Convergente – estreou nesta quarta-feira (9), com sessões à meia-noite, em salas de cinema de todo o Brasil. A segunda metade – Ascendente – está prevista para 2017. Os dois longas anteriores renderam, em todo o mundo, mais de US$ 550 milhões.
Confira os horários das sessões
Baseada no terceiro livro da trilogia best-seller escrita por Verônica Roth (com mais de 34 milhões de exemplares vendidos), a aventura distópica acompanha o casal Tris (Shailene Woodley) e Quatro (Theo James) no enfrentamento ao desconhecido. Se no filme anterior eles se tornaram fugitivos, caçados pela organização comandada por Jeanine (Kate Winslet), desta vez a dupla decide, junto aos companheiros de jornada, avançar para além do muro construído em torno da Chicago pós-apocalíptica da trama (na realidade, as filmagens ocorreram em Atlanta, na Geórgia, com orçamento de US$ 70 milhões).
Em um ambiente inóspito e desconhecido, semelhante a uma atmosfera marciana, desértica, os protagonistas buscam saídas pacíficas para levarem de volta consigo. Contudo, os personagens se veem diante de problemas, como chuva tóxica, além de alguns dilemas, como não saber em quem confiar de fato. Algumas revelações vem à tona, para dar contorno à reta final de Divergente. Os personagens descobrem uma trapalhada feita pelo governo norte-americano capaz de explicar o estado das coisas, ao menos em parte. Na tentativa de tornar o DNA humano mais “puro”, as autoridades criam cidadãos geneticamente modificados e, posteriormente, perdem o controle sobre eles. A criação do muro em torno de Chicago e das facções, portanto, seria uma maneira de garantir a paz, na esperança do genoma humano voltar ao normal ou encontrar um equilíbrio por conta própria.
Segundo antecipa a imprensa norte-americana e europeia, o longa dirigido por Robert Schwentke não tem grandes preocupações em guardar fidelidade ao livro de Verônica Roth e tem muitas falhas de roteiro. Veículos como Variety, Forbes e The Telegraph publicaram textos impacientes e irônicos sobre a franquia, com comentários ácidos sobre “armas semelhantes a brinquedos”, “planos vergonhosamente ingênuos” e o fato de a franquia transmitir um certo “desconforto de estar na própria pele”.
Em ascensão
Shailene Woodley
Ficou conhecida depois de Os descendentes (2011), pela qual foi indicada ao Globo de Ouro. A visibilidade a fez decolar na carreira e conquistar o papel de protagonista da série Divergente, Tris Prior. Logo após o primeiro longa da saga, emplacou outros filmes, como A culpa é das estrelas, baseado no livro homônimo de John Green, e Pássaro branco na nevasca.
Ansel Elgort
O único trabalho do ator antes de Divergente (onde atua como Caleb Prior, irmão da protagonista) havia sido em Carrie, a estranha (2013). Depois disso, conquistou o papel de duas adaptações de livros de John Green, A culpa é das estrelas e Cidades de papel. Também protagonizou Homens, mulheres e filhos (2014) e Criminosos de novembro (2016).
Miles Teller
Antes de atuar como Peter em Divergente, havia participado apenas de produções de baixa visibilidade. Com a entrada na série, foi escalado para protagonizar o premiado Whiplash (2014) e mais outros quatro longas, entre eles o criticado Quarteto fantástico (2015).
Consagrados
Kate Winslet
A premiada atriz acumula na estante um Oscar (para o qual foi indicado sete vezes), um Emmy, quatro Globos de Ouro, três Bafta e um Grammy. Vários críticos a descrevem como “a melhor atriz inglesa de cinema de sua geração”. Atuou em filmes como Titanic (1997), Pecados íntimos (2006), O leitor (2008). Em Divergente, é a vilã Jeanine Matthews, líder da Erudição.
Octavia Spencer
O primeiro papel de grande destaque foi em Duro de matar (1996). Na televisão, participou de várias séries, como NYPD Blue, The Big Bang Theory, CSI, Plantão médico. Ela ganhou o Globo de Ouro, o BAFTA e o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por seu trabalho em Histórias cruzadas (2011). Em Divergente, interpreta Johanna Reyes, porta-voz da facção Amizade.
Jeff Daniels
Tem uma consolidada carreira como ator, cantor, músico e dramaturgo. Teve três indicações ao Globo de Ouro, uma delas pelo musical A rosa púrpura do Cairo (1985). Atualmente, é o protagonista da série The Newsroom, vencedora do Emmy. Em Divergente, surge como um novo vilão em potencial, Daniel, obcecado por pureza étnica.
Naomi Watts
Teve uma vasta atuação na TV australiana antes de ser alçada para os grandes papéis em Hollywood. Já recebeu prêmios por em Birdman (2014), O chamado (2002), King Kong (2005). Acumula duas indicações ao Oscar, por 21 gramas e O impossível. Em 2012, interpretou Diana na cinebiografia da Princesa de Gales. Em Divergente, é Evelyn Johnson, líder dos sem-facção.
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