Juliano Holanda já era um nome presente nos encartes de centenas de discos, quando decidiu protagonizar, em 2013, o primeiro trabalho solo da carreira, A arte de ser invisível. O álbum poderia ter sido o único a ser lançado pelo multiartista. "A arte de ser invisível nasceu de maneira natural. Foi um processo bem lento, que durou um ano. Ele foi crescendo aos poucos, até pensei que pararia nele", lembra o pernambucano. Não parou. Bastaram alguns meses, para que nascesse Pra saber ser nuvem de cimento quando o céu for de concreto. A mais recente compilação de composições do artista, mesmo que pequena (Duas canções), pode ser conferida em Espaço-tempo, com lançamento marcado para esta sexta-feira (1°), no Teatro de Santa Isabel.
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"São duas músicas, uma delas é A arte de ser invisível, que não entrou no meu primeiro disco, que leva o nome dela. A outra, Em seu lugar, é uma parceria com Zé Manoel. O nome Espaço-Tempo surgiu da ideia de destacar o lugar e a temporalidade. Ainda tem a relação com a teoria da física. Como é um campo que sempre me atraiu, quis colocar isso no disco", explica Holanda.
O show de estreia terá nomes como Isaar, Jr. Black, Thiago Martins e Igor de Carvalho. Além deles, sobe ao palco o pai do músico, Júlio Holanda. "Vai ter, pela primeira vez, uma apresentação minha com meu pai. O show está bem intimista, provavelmente meu próximo trabalho será bem diferente". Em entrevista ao Viver, Juliano revelou, com exclusividade, as músicas que compõem Espaço-tempo, contou como foi desenvolvido o disco e adiantou detalhes da apresentação de lançamento.
Ouça abaixo as músicas do vinil, em primeira mão
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Entrevista//Juliano Holanda, músico
O álbum Espaço-tempo foi produzido como vinil. Porque você escolheu esse formato?
Esse vinil começou por uma sugestão do selo Assustado Discos, do Recife. Eles têm no currículo álbuns de nomes como Mundo Livre S/A, e me fizeram o convite. Espaço-tempo nasceu dessa nossa parceria.
Qual a relação entre o nome do disco e a essência dele, a mensagem que você quer passar?
São duas músicas, uma delas é A arte de ser invisível, que não entrou no meu primeiro disco, apesar de tê-lo batizado. A outra, Em seu lugar, é uma parceria com Zé Manoel. O nome Espaço-Tempo surgiu da ideia de destacar o lugar e a temporalidade. Ainda tem a relação com a teoria da física. Como é um campo que sempre me atraiu, quis colocar isso no disco.
Como foi selecionar apenas duas músicas?
Eu já tinha a certeza de que A arte de ser invisível entraria no material. A outra, com Zé Manoel, era uma canção que eu já tocava, já tinha arranjo pronto.
Antes de lançar o primeiro álbum da carreira, você já tinha participado de mais de 100 discos. A arte de ser invisível abriu mais portas para você?
Com certeza. A arte de ser invisível nasceu de maneira bem natural. Foi um processo bem lento, que durou um ano. Ele foi crescendo aos poucos, até pensei que pararia nele. Eu não tinha interesse em entrar no mercado fonográfico, mas lancei, pouco tempo depois, Pra saber ser nuvem de cimento quando o céu for de concreto.
Entre seus trabalhos mais conhecidos está a trilha sonora da série Amorteamo. Como foi pensar em músicas para complementar imagens?
A concepção foi bem bacana. Desde o início, a diretora musical tinha a ideia formada. Tínhamos reuniões eu, ela e João Falcão. A parte musical foi criada ao lado da trama. As músicas se relacionavam com as cenas, algumas chegavam a ser bem descritivas.
O que você pode adiantar desse novo trabalho?
É um projeto que está bem no início. Pensei em fazer algo com mais participações. O meu segundo disco, por exemplo, é baseado em um trio. Agora quero fazer algo mais livre.
Serviço
Show de lançamento de Espaço-tempo
Quando: Sexta-feira (1°), às 20h
Onde: Teatro de Santa Isabel
Quanto: R$ 20 e R$ 10 (meia-entrada), à venda na bilheteria do teatro e na loja Passadisco
Informações: 3355-3323
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