Cinema
Para Minha Amada Morta cria clima de suspense a partir de tensão conjugal
Produção foi um dos filmes nacionais mais premiados de 2015
Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco
Publicado em: 31/03/2016 21:01 Atualizado em: 31/03/2016 17:23
Viúvo passa a acompanhar a vida do ex-amante da esposa recentemente falecida. Foto: Vitrine Filmes/Divulgação |
Em cartaz no Cinema São Luiz, o filme paranaense Para minha amada morta utiliza elementos de suspense para deixar o espectador tenso do início ao fim com uma incômoda expectativa de que algo vai dar errado a qualquer momento. Fernando Alves Pinto interpreta um viúvo que descobre uma fita de vídeo VHS entre os pertences da falecida esposa, que costumava filmar as relações sexuais extraconjugais com um homem misterioso. Ele resolve descobrir quem era o amante e tornar-se amigo dele, sem revelar a verdadeira identidade ou as intenções de vingança.
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O ex-amante vive com uma esposa e duas filhas em uma casa de subúrbio. O viúvo vira vizinho da família e começa a se aproximar aos poucos. A violência torna-se iminente cada vez que surge em cena algum tipo de arma, seja um revólver, uma faca ou um martelo. As meninas, por exemplo, parecem vítimas em potencial, como se estivessem sempre em risco ao lado do estranho, que demonstra ser frio e calculista, além de não perceber o próprio processo de loucura no qual está imerso. Enquanto decide como canalizar o ódio reprimido, ele desenvolve uma espécie de contraditória obsessão pela vida daquelas pessoas.
Para minha amada morta foi um dos filmes nacionais mais premiados de 2015 e deu ao cineasta Aly Muritiba o prêmio de Melhor Diretor no Festival de Brasília. Não é uma obra inovadora, que busca inaugurar um estilo próprio, mas é uma história hitchcockiana contada com precisão e elegância, eficiente ao envolver o espectador em uma situação de nervosismo constante.
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