Um sentimento em comum entre os ex-espectadores da extinta MTV é a saudade do ranking de melhores ou piores clipes diários ou semanais. O anúncio de alguns cabia a Didi Wagner. A apresentadora, atualmente no Multishow, estreou a carreira na emissora da TV aberta. "Em janeiro de 2000, fiz teste para ser VJ da MTV e passei. Desde então, a TV se tornou meu foco profissional", comentou.
Didi comandou programas como Top 20 e Supernova, ao lado de Marcos Mion (Legendários). Em 2006, o contrato com o canal encerrou e Didi migrou para a TV por assinatura. A conexão com a música prevaleceu quando se mudou para o Multishow. A paulista participa da maioria das transmissões musicais do canal. Há dez anos, a estreia foi no comando do Lugar incomum, no ar até hoje.
Neste ano, ela se prepara para comandar outra atração. Com Bento Ribeiro, Paulinho Serra, Bruna Louise e o estreante da TV por assinatura Murilo Gun, A pergunta que não quer calar estreia na quinta-feira, às 23h30. Os 20 episódios, de segunda a sexta-feira, misturam humor crítico e nonsense.
Gravações
"As gravações do programa A pergunta que não quer calar foram muito divertidas. Além de ser uma novidade na grade, eu fiquei muito à vontade, sem me cobrar para ser tão engraçada quanto eles. Eu entro como uma figura que tem senso de humor, sem ser aquela humorista propriamente dita. Cada indivíduo tem o seu estilo, e todos nós nos complementamos muito bem dentro das cenas".
Entrevista Didi Wagner
Como encontrar o equilíbrio entre humor e debate?
A pergunta que não quer calar parte de perguntas (sejam elas dúvidas que todos nós temos ou que o programa mesmo inventa) para gerar uma conversa e possibilitar a troca de opiniões, sem que haja a pretensão de dar uma resposta final a nenhuma destas questões. O caminho para esse debate é muito livre, e nós nos divertimos muito com as diferenças de posicionamentos e visões de cada um e também dos nossos entrevistados.
Como enxerga o espaço musical na TV aberta?
Rock in Rio a cada dois anos (desde 2011), Lollapalooza em sua quarta edição brasileira em 2016, apresentações dos Rolling Stones, Paul McCartney, etc - só para citar os mais recentes. O Brasil se tornou um destino consolidado para shows internacionais e grandes festivais musicais, e a TV aberta se preocupou em abrir mais espaço em sua programação para retratar esse momento. Agora, sei que sou 100% suspeita, mas nenhuma emissora exibe shows com tanta maestria como o Multishow, que a cada ano se aperfeiçoa ainda mais na arte da transmissão de grandes eventos ao vivo. E eu tenho a honra de participar dessas transmissões, como apresentadora.
Já pensou em fazer temporada do Lugar incomum em Pernambuco ou no Nordeste?
Tenho vontade de fazer uma temporada do Lugar incomum por todo o Brasil. E o Nordeste é, para mim, uma das regiões mais encantadoras do nosso país. Fui ao Recife apenas uma vez, e adoraria explorar as curiosidades e personagens inusitados da capital pernambucana.
Você sente vontade de dirigir, como fez Marina Person, ou atuar? Se sim, o que faria?
Adoraria um dia atuar em obra de ficção. Apresentar o Lugar incomum tem linguagem bem realística e procuro ser a mais natural possível, mas a verdade é que não deixo de estar interpretando diante das câmeras, já que só mostro meu lado alegre, curioso e divertido. Acho que já tenho certo treino para interpretar em vídeo. Falta só o convite para eu poder mostrar meu lado menos "bonitinho" em um personagem.
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