Televisão
Segunda temporada de Black Sails estreia neste sábado na Fox Action
Nos Estados Unidos, a produção está na terceira temporada e já foi renovada para a quarta
Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco
Publicado em: 08/04/2016 10:57 Atualizado em: 08/04/2016 11:43
Luke Arnold e Toby Stephens contracenam na série. Foto: Fox/Divulgação |
A luta pela sobrevivência no meio do oceano é o elemento chave da segunda temporada de Black Sails, que estreia neste sábado, às 22h, na Fox Action. Com produção executiva de Michael Bay, a série é ambientada 20 anos antes das aventuras retratadas no livro A ilha do tesouro, de Robert Louis Stevenson. Nos Estados Unidos, o seriado já está na terceira temporada e foi renovado para a quarta recentemente. A trama conta a história do capitão Flint (Toby Stephens) e o jovem aprendiz John Silver (Luke Arnold).
No cinema e televisão, piratas são retratados de diferentes formas. "Na maioria dos filmes e seriados que vimos, piratas existem na seara da fantasia. Black Sails é divertido, mas definitvamente tem muito mais realidade", compara Luke, em recente entrevista coletiva. O personagem John Silver não costuma aderir a agressão para alcançar os objetivos. "Sempre tentaria sair de um conflito usando uma boa lábia, em vez de partir para o soco ou luta", analisa o ator.
No elenco, a atriz Hannah New interpreta Eleanor Guthrie, que deve lutar contra a chegada de um novo grupo de piratas. Para viver a personagem, a atriz se debruçou em pesquisas sobre a vida no século 18 e sobre o estilo de vida no Caribe.
"Obviamente também pesquisei sobre a presença feminina na pirataria. Por exemplo, tem uma famosa pirata irlandesa chamada Grace O'Malley que era uma aristocrata que viu uma boa oportunidade de lucrar com a interceptação de mercadorias na costa da Inglaterra", contou.
Para ela, a experiência de trabalhar com Michael Bay é um dos diferenciais no processo. “Ele sa sabe exatamente o que quer e toma cuidado para que mesmo que precisemos utilizar efeitos especiais como CGI, tudo seja feito de uma forma nunca antes vista. Isso cria um mundo muito real e tangível para os espectadores”, comentou. As duas temporadas já estão disponíveis na Netflix.
Entrevista >> Luke Arnold (John Silver)
Como os piratas de Black Sails diferem de outros que já vimos anteriormente?
Luke: De muitas maneiras. Na maioria dos filmes e seriados que vimos, piratas existem na seara da fantasia. Mesmo que não hajam sereias por perto, são personagens que parecem não ter ideia do que se fala em navios, bebem rum e se balaçam em cordas. Historicamente, eram foras da lei estrangeiros, rodeados por situações políticas bem complexas, que não viviam de diversão como aparece em outros roteiros. Black Sails é divertido, mas definitvamente tem muito mais realidade.
O personagem que interpreta, John Silver, não é um mocinho. Em que você se identifica com ele?
Luke: Absolutamente. Penso exatamente como John Silver: sempre tentaria sair de um conflito usando uma boa lábia, em vez de partir para o soco ou luta de espadas. Também acho que a vida de um pirata é similar a de um ator: muita viagens, muito tempo sozinho e cuidando se si próprio, enquanto se está rodeado de pessoas loucas. (risos) Até a quantidade de ingestão de álcool é parecida. Então, empresto muito de mim mesmo a Silver.
Black Sails é a primeira série sobre piratadas a aparecer na TV em um bom tempo. Qual é a reação das pessoas a ela?
Luke: Quem curte livros ou filmes de piratas vai encontrar lutas de espadas, água, navios e caça a tesouros. Quem não é muito fã deste universo, poderá se identificar com o drama histórico e a ação. Então, acho que há possibilidade de fisgar para todo mundo. Além disso, o show fica melhor a cada episódio, mesmo com um começo bem forte.
Hannah New interpreta Eleaonor na sére. Foto: Fox/Divulgação |
>> Entrevista com Hannah New
Como você se preparou para o papel?
Pesquisei muito sobre a vida no Século 18, e como deve ter sido viver no Caribe durante este período. Obviamente também pesquisei sobre a presença feminina na pirataria. Por exemplo, tem uma famosa pirata irlandesa chamada Grace O'Malley que era uma aristocrata que viu uma boa oportunidade de lucrar com a interceptação de mercadorias na costa da Inglaterra. O interessante também é que se você analisar a história da pirataria, alguns dos primeiros piratas eram mulheres. Ou seja, o tema sempre me empolgou por muito tempo, e o fato de que havia mulheres envolvidas é inquestionável. Não existe muitas mulheres que vão parar nos livros de história.
Como foi trabalhar com Michael Bay?
Foi incrível! A influência dele na parte visual doprojeto é impressionante. Ele sabe exatamente o que quer e toma cuidado para que mesmo que precisemos utilizar efeitos especiais como CGI, tudo seja feito de uma forma nunca antes vista. Isso cria um mundo muito real e tangível para os espectadores. Somos sortudos de ter toda a infraestrutura para contar essa história.
O que você acha que Black Sails traz de novidade para as séries e filmes de piratas?
É uma abordagem muito diferente da que estamos acostumados. Black Sails se preocupa em se livrar da fantasia e mitologia que envolve a pirataria. Queremos mesmo é focar em como era para essas pessoas viver esse ambiente. Isso cria uma empatia maior do espectador com os personagens. Mesmo que seja uma época distante, as pessoas se importam com o que aqueles personagens estão sentindo. Não é o mundo de fantasia do Capitão Gancho e do Barbanegra. É um mundo real onde as pessoas reais tentam sobreviver.
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