Protesto Artistas protestam contra fim do Ministério da Cultura no Recife Grupo se concentrou na Praça do Arsenal e foi até o prédio onde funcionava a representação regional do MinC

Por: Viver/Diario - Diario de Pernambuco

Publicado em: 17/05/2016 00:13 Atualizado em: 17/05/2016 00:18

Velas, instrumentos musicais e cartazes foram usados na manifestação. Fotos: Facebook/Reprodução
Velas, instrumentos musicais e cartazes foram usados na manifestação. Fotos: Facebook/Reprodução
Artistas pernambucanos realizaram um protesto na tarde e noite desta segunda-feira contra a extinção do Ministério da Cultura (MinC). A pasta foi fundida com o Ministério da Educação na reforma anunciada pelo presidente em exercício Michel Temer. O Ministério da Educação e Cultura está sob comando do pernambucano Mendonça Filho, que foi recebido com vaias pelos funcionários do segmento no primeiro dia de atividades.

O fim do Ministério da Cultura - criado em 1985, no período pós-ditadura militar - provocou críticas de representantes do segmento e protestos em todo o país. Temer anunciou a criação de uma Secretaria Nacional de Cultura e disse ter intenção de escalar alguém do "mundo feminino" para geri-la. A medida responde a outra escolha polêmica dele: não há sequer uma mulher entre os ministros.

Os manifestantes se concentraram na Praça do Arsenal, no Bairro do Recife, e seguiram para o prédio onde funcionava a representação regional do Ministério da Cultura, na Rua do Bom Jesus, no mesmo bairro. Os manifestantes empunharam velas, instrumentos musicais, faixas com dizeres como "Artistas pela democracia", "Artistas contra o golpe" e outras frases em defesa da presidente afastada Dilma Rousseff.

Várias canções foram entoadas durante a manifestação, como o frevo de bloco Madeira que cupim não rói, de Capiba, Cálice, de Chico Buarque e Gilberto Gil, e Nos bailes da vida, de Milton Nascimento e Fernando Brant. "Fora Mendonça", "Fica MinC", "A cultura somos nós, nossa força, nossa voz" e "Viva a cultura popular" estavam entre as frases proferidas pelo grupo durante a manifestação. Nesta terça-feira, às 14h, o grupo organiza um novo encontro, na Praça 13 de Maio, no monumento próximo à Biblioteca Pública do Estado. 

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