Ela é única e muitas. Abelha rainha, tigresa, cacará, menina de Oyá... Maria Bethânia coleciona codinomes, e a força de cada um deles se revela no palco, onde a cantora hipnotiza quem a assiste há mais de 50 anos. Neste sábado, 18 de junho, o diamante vedadeiro da Música Popular Brasileira completa 70 anos.
A cada apresentação, Bethânia demonstra maestria ao fazer interpretações de músicas que se tornam clássicas em sua voz. De Caetano Veloso - seu irmão - a Raul Seixas, diversos compositores já ganharam a marca da cantora. Seus shows se transformam em saraus, também, quando ela recita, cheia de delicadeza, algumas das canções ou poesias incorporadas ao espetáculo.
A palavra é manuseada de forma mágica pela baiana, e tem, para ela, um encanto inexplicável. É "feiticeira", segundo a própria Bethânia diz a Jorge Mautner no programa Oncotô, da TV Brasil, ao apontar o poeta Fernando Pessoa com grande identificação:
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Ela nasceu em 1946, na cidade baiana de Santo Amaro da Purificação, região metropolitana de Salvador. Seu nome foi sugestão do irmão Caetano Veloso, que na época tinha apenas quatro anos de idade. É filha do Senhor José Telles Velloso e de Claudionor Vianna Telles Velloso, a Dona Canô. Batizada na Igreja Nossa Senhora da Penha, em Salvador, Maria Bethânia é católoca devota, mas também é fiel ao Candombleé. Diversas de suas músicas falam de sua crença e são dedicadas aos santos e orixás.
Perfil
Maria Bethânia nasceu em 1946, na cidade baiana de Santo Amaro da Purificação, região metropolitana de Salvador. Seu nome foi sugestão do irmão Caetano Veloso, que na época tinha apenas quatro anos de idade. É filha do Senhor José Telles Velloso e de Claudionor Vianna Telles Velloso, a Dona Canô.
Batizada na Igreja Nossa Senhora da Penha, em Salvador, Maria Bethânia é católoca devota, mas também é fiel ao Candombleé. Diversas de suas músicas falam de sua crença e são dedicadas aos santos e orixás.
Carreira
Desde cedo, Bethânia dizia à mãe que queria ser artista. Queria ser atriz e chegou a atuar em algumas montagens, mas a presença do irmão Caetano a influenciou para seguir a música. Em 1963, seus caminhos entre o teatro e a música começaram a se misturar quando ela subiu ao palco pela primeira vez para cantar. Na ocasião, Caetano foi convidado pelo amigo Álvaro Guimarães, Alvinho, para musicar a peça Boca de ouro, de Nelson Rodrigues.
No mesmo ano, Bethânia e Caetano conheceram artistas como Gilberto Gil, Gal Costa e Tom Zé, que se tornariam parceiros de arte e de vida. Dois anos mais tarde, em 1965, Bethânia se mudou para o Rio de Janeiro a convite de Nara Leão para a peça Opinião, e em pouco tempo lançou o disco Maria Bethânia, com a música Carcará, que se tornou um grande sucesso.
Sua carreira é marcada pela forte presença nos palcos e o lançamento de diversos álbuns. Em 1975, se encontrou com Chico Buarque e, juntos, eles lançaram o disco Chico Buarque e Maria Bethânia, que foi gravado ao vivo no tradicional Canecão, no Rio de Janeiro.
Em 1976, Bethânia, Caetano, Gilberto Gil e Gal Costa uniram seus talentos para formar o grupo Os Doces Bárbaros. A trajetória dos quatro artistas ficou registrada em um filme e tem um álbum duplo homônimos, lançados naquele ano.
Maria Bethânia tem 34 discos gravados em estúdio e 15 álbuns ao vivo que somam mais de 26 milhões de cópias vendidas. Ela tem também 11 álbuns com compilações de seus grande sucessos e 65 participações em obras de outros artistas.
Veja algumas homenagens a Maria Bethânia:
Leia a notícia no Diario de Pernambucobethamaniacos bethanicos mariabethanianacarreira minha amiga querida #Diva #Teamo%u2026 https://t.co/nLHxUDx1aH
— Roberta Miranda (@RobertaMiranda1) June 18, 2016