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Ministério Público denuncia quatro homens pelo crime de racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho
Grupo também é acusado de falsidade ideológica, injúria, corrupção de menores na internet e associação criminosa na internet
Por: Estado de Minas
Publicado em: 22/06/2016 14:36 Atualizado em: 22/06/2016 14:56
Internautas escreveram posts pejorativos sobre a cor da pele da repórter. Foto: Globo/Reprodução |
O Ministério Público de São Paulo denunciou, nesta terça-feira (21), quatro investigados pelo crime de racismo contra a jornalista Maria Júlia Coutinho, da TV Globo. Érico Monteiro dos Santos, Rogério Wagner Castor Sales, Kaique Batista e Luis Carlos Félix Araújo também são acusados de falsidade ideológica, injúria, corrupção de menores na internet e associação criminosa na internet.
A denúncia foi divulgada pelo repórter Walace Lara, da TV Globo. Maju, como a jornalista é conhecida, foi alvo de comentários racistas em julho de 2015, na página oficial do Jornal Nacional, no Facebook. Internautas escreveram posts pejorativos sobre a cor da pele dela em uma publicação que continha a foto dela com a previsão do tempo para o dia seguinte.
Segundo a Promotoria, os quatro "juntamente com outras pessoas ainda não identificadas nos autos, associaram-se para formar uma sociedade criminosa cibernética, visando ao cometimento de crimes de falsidade ideológica e, posteriormente, de racismo, de injúria qualificada e de corrupção de menores, com estabilidade e permanência, no denominado ciberespaço".
"Para tanto, valeram-se de dados falsos, por eles próprios imaginados, com os quais abriram contas na rede mundial de computadores (internet) em nomes de terceiros, já indicados acima como nicknames, omitindo-se dados verdadeiros, seus nomes e demais dados qualificativos reais nas referidas aberturas de 'contas'. Tal providência tinha como um dos objetivos a autoproteção e a busca da impunidade, dificultando sua identificação, especialmente porque pretendiam valer-se de tais identidades falsas para a criação de grupos do Facebook que se caracterizavam como verdadeiras gangues virtuais", aponta a denúncia.
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