A escritora, pastora e ex-cantora Bianca Toledo, que nesta semana expôs o drama pessoal de ter o filho de 5 anos envolvido em um caso de abuso sexual provocado pelo próprio marido, Felipe Garcia Heiderich, classificou como "sem nexo" a decisão da Justiça de conceder liberdade ao acusado, que também é pastor.
[SAIBAMAIS]Nesta sexta-feira (8), segundo o advogado de Felipe, Leandro Meuser, a Justiça concedeu a revogação da prisão atendendo a uma solicitação da defesa e também do Ministério Público do Rio (MP-RJ), uma vez que a conclusão do inquérito pela Delegacia da Criança e do Adolescente Vítima (DCAV), na véspera, suspenderia a necessidade da prisão temporária.
Em nova entrevista concedida ao portal Extra, Bianca desabafou. "É uma loucura a Justiça desse país. Estou conversando com os meus advogados. Minha única preocupação é com a minha segurança e a segurança do meu filho", disse.
A liberdade de Felipe Garcia Heiderich foi concedida pelo juiz Paulo César Vieira Carvalho Filho, 17ª Vara Criminal, o mesmo magistrado que, anteriormente, havia decretado a prisão temporária do acusado por 30 dias. Ainda de acordo com o advogado, a soltura depende, agora, somente de trâmites burocráticos.
Felipe, porém, não deve deixar o Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, ainda hoje. A expectativa é de que ele saia da cadeia neste sábado (9). "Sabemos que ele terá algumas medidas restritivas, mas não há necessidade de ficar preso", afirmou Leandro Meuser, acrescentando que um oficial de Justiça levará a decisão ao presídio ainda na noite desta sexta.
Na decisão, o juiz Paulo Cezar Vieira de Carvalho Filho determinou que Felipe Heiderich está proibido de se aproximar da esposa e da criança, além de ser monitorado por tornozeleira eletrônica. O juiz aceitou a denúncia oferecida pelo Ministério Público (MPRJ), que solicitou as medidas cautelares.
"Havia sido decretada a prisão temporária do acusado, que só vale durante a fase de inquérito. A partir do momento que o Ministério Público ofereceu a denúncia, o inquérito foi encerrado. Ressalto que o MP-RJ não pediu a prisão preventiva, mas somente medidas cautelares. Assim, determinei o monitoramento eletrônico e que o réu fique proibido de se aproximar da criança e da mãe", explicou o magistrado, por intermédio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça do Rio.
O empresário Renato Pimentel, pai da suposta vítima, também comentou a revogação da prisão. Ele, que mora em São Paulo, virá ao Rio para poder encontrar o filho. "Não consigo fazer nenhum tipo de observação, porque não tenho conhecimento aprofundado dos fatos. Tudo o que soube foi pela mídia. Só estou focado em ir ao Rio para abraçar o meu filho", disse.
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