A Justiça do estado do Paraná acolheu a denúncia feita contra Laércio de Moura, ex-participante do reality show Big brother Brasil, exibido pela Rede Globo. O designer de tatuagem, de 53 anos, está preso desde o dia 15 de maio e foi denunciado pelo Ministério Público por estupro, tentativa de estupro e fornecimento de drogas para menores de idade.
Se condenado, o ex-BBB pode pegar até 68 anos de prisão. No inquérito, constam dois estupros em uma vítima e uma tentativa de estupro em outra, segundo levantamentos feitos pela delegada Daniela Corrêa Antunes Andrade, do Núcleo de Proteção à Criança e ao Adolescente. O caso corre em segredo de Justiça.
Provas encontradas em computadores, celulares e outros arquivos de mídia de Laércio foram anexadas à denúncia. Em uma das conversas, divulgada pela Polícia Civil, ele fala de fetiches sexuais e faz convites para beber e transar com uma adolescente.
Nas mensagens, trocadas em 2012, quando ela tinha apenas 13 anos, a garota reclama das desconfianças da mãe e se diz insegura quanto à relação. De acordo com o Código Penal brasileiro, qualquer relação sexual com menores de 14 anos é enquadrada como estupro, independentemente de possíveis consentimentos da vítima.
As investigações contra ele começaram durante a participação dele no reality show da Globo. Enquanto estava confinado, ele confessou gostar de "novinhas" e ser efebófilo, ou seja, ter interesse sexual por adolescentes, o que gerou uma grande repercussão dentro e fora da casa, chamou a atenção para imagens sensuais de jovens compartilhadas por ele nas redes sociais e motivou uma série de denúncias de vítimas. Ana Paula, rival dele na casa, o acusou de ser pedófilo. Ele foi eliminado pouco tempo depois, em paredão contra a jornalista mineira.
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