Cinema
Kéfera causa furor em Pernambuco em estreia de filme com palavrões e pegada de internet
O primeiro longa da carreira da youtuber curitibana teve exibição em 12 salas do Cinépolis Guararapes
Por: Marina Simões - Diario de Pernambuco
Publicado em: 05/10/2016 14:00 Atualizado em: 05/10/2016 17:04
Kéfera cumprimenta os fãs e ganha bandeira de Pernambuco em pré-estreia de É fada. Foto: Marina Simões/DP |
Sob gritos histéricos dos fãs e muitas selfies, a youtuber e atriz Kéfera Buchmann causou furor na pré-estreia do filme É fada, em Pernambuco. O primeiro longa-metragem da carreira da curitibana fenômeno da internet teve exibição em 12 salas do Cinépolis Guararapes, na noite de terça-feira (4). Kéfera passou por todas as sessões para cumprimentar o público e foi recebida com entusiasmo.
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"Estou feliz de estar aqui. Obrigada a todos por disponibilizarem o tempo de vocês para vir assistir ao filme. Espero que se divirtam, que deem risadas e se emocionem", disse a artista, antes de cantar a música Sou fadona, produzida especialmente para compor a trilha sonora da produção. A música é de Umberto Tavares e Jefferson Jr, os mesmos compositores de Bang, de Anitta, e Hoje, de Ludmilla.
Em É fada, Kéfera vive Geraldine, uma fada trapalhada que perdeu as asas por utilizar métodos duvidosos em suas missões. Mas ela tem a chance para recuperá-las na missão com Julia, vivida por Klara Castanho. A garota, criada somente pelo pai, recebe ajuda da "fada madrinha às avessas" no desafio de se enturmar na nova escola. A história foi inspirada no livro Uma fada veio me visitar, de Thalita Rebouças, e se passa no Rio de Janeiro. O filme é dirigido por Cris D'Amato, com produção de Daniel Filho.
Famosa a partir dos vídeos no canal 5inco Minutos (com 9,4 milhões de inscritos no YouTube), a curitibana incorporou os trejeitos e as variação de vozes à personagem. Na trama, a fada também faz referências às redes sociais – Facebook, Instagram e Snapchat – e usa termos e memes da plataforma como "miga sua loka", "top", "sou ryca", "falsiane" e outros. Figuras da vida de Kéfera também aparecem na telona. A cadela Vilma, famosa por participar dos vídeos dela, faz uma participação especial. Zeiva Buchmann, a mãe da youtuber, também aparece rapidamente no longa.
A trilha sonora acompanhou a ideia de aproveitar o sucesso de youtubers em produções cinematográficas e apostou em faixas do funk carioca como Sim ou não e Cravo e canela, de Anitta, O mundo é nosso, de Duduzinho, e ainda as inéditas Tá tudo errado, de Ludmilla, e Fato raro, de MC Guimê.
Assista ao trailer:
Entrevista Kéfera Buchmann // Youtuber e atriz
O que Kéfera e Geraldine têm em comum? Como foi a construção do personagem?
Kéfera contracena com Klara Castanho. Foto: Páprica Fotografia/Divulgação |
O que Kéfera e Geraldine têm em comum? Como foi a construção do personagem?
O que a Kéfera e a Geraldine tem em comum é o jeito atrapalhado e sarcástico de ser. Um jeito teimoso. A construção foi muito intensa. Encontrei com a Klarinha Castanho e passamos algumas semanas juntas, entre novembro e dezembro. Tivemos aulas de expressão corporal, estudamos os textos e criamos vozes diferentes.
Entre as fadas famosas da ficção - a fada madrinha da Cinderela, Sininho, a Fada Bela (Angélica) –, quais te inspiraram?
Minha fada é uma fada às avessas. Ela é meio torta e filha da mãe. Não é como a Sininho (Peter Pan). Pensamos na identidade visual do filme vendo Malévola. As cenas de voo da Angelina Jolie foram inspiração para a nossa e tivemos o cuidado para não soar falso e ficar bonita.
Você aparece cantando no cinema. O que achou do resultado? Seria o início de uma carreira de cantora?
Com 11 anos, eu participava da banda da igreja católica na escola, fiz coral e aulas de canto em São Paulo e Curitiba. Ainda sou muito insegura com minha voz. Mas foi super tranquilo. O pessoal do estúdio me deixou à vontade. Foi muito prazeroso. Achei a ideia doida, mas estou muito grata com o resultado. Gosto muito da ideia (de ser cantora), mas não sei. Teria que fazer um intensivo. Meu foco é fazer cinema. Adquirir a segurança e fazer mais filmes.
Antes mesmo de estrear, o trailer do filme trouxe a polêmica do "porra" e o filme foi considerado impróprio para crianças, com censura 12 anos. Nos seus vídeos, os palavrões também são recorrentes. Como equilibrar?
O público recebeu muito bem. O pessoal se diverte e não ficou grosseiro. Solto um palavrão ou outro. É um resultado muito família. Essa é minha essência. Não falo com maldade, é meu jeito se ser e de falar.
Como lida com a questão do assédio? Qual a maior loucura que alguém já fez para conseguir uma selfie com você?
Acho que é muito carinho. Eles (fãs) são muitos atenciosos. E sou grata por isso e por chegar aonde cheguei. Estou achando megadivertida essa bagunça da pré-estreia. Vejo reações de todo tipo. O que já foi muito engraçado, uma vez, na porta giratória de um restaurante foi um menino me prendeu no meio e tiramos a foto pelo vidro. Depois ele me deu uma pedra para autografar. Foi muito louco isso (risos).
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