Cinema Animação da Dreamworks retrata trolls como criaturas fofinhas Com inspiração no folclore nórdico, "Trolls" estreia nesta quinta-feira (27) nos cinemas pernambucanos

Por: Júlio Cavani - Diario de Pernambuco

Publicado em: 27/10/2016 09:45 Atualizado em: 27/10/2016 12:28

Animação é da da Dreamworks, o mesmo estúdio de Shrek. Foto: Dreamworks/Divulgação
Animação é da da Dreamworks, o mesmo estúdio de Shrek. Foto: Dreamworks/Divulgação


Afinal, o que é um troll? Numa época em que o verbo "trollar" está em alta nas redes sociais, chega aos cinemas a animação Trolls, da Dreamorks (o mesmo estúdio de Shrek). Os trolls de Trolls são bem diferentes dos Boxtrolls de um outro filme lançado em 2014 pela Universal. Eles também não são parecidos com os assustadores trolls da série O senhor dos anéis e nem com os do falso documentário O caçador de troll (2010), que fez sucesso na internet.

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Os trolls do filme têm o visual baseado nos bonecos de cabelo espichado e colorido criados em 1959 pelo artista dinamarquês Thomas Dam. Usados como brinquedos ou como amuletos da sorte, eles fizeram sucesso internacional ao longo de meio século e chegaram a ser lançados no Brasil como "Magic Duendes". Depois surgiram diversas imitações, inclusive uma versão com cabelos de capim. Na verdade, pouco importa a verdadeira a natureza monstruosa dessas criaturas, inspiradas no folclore nórdico. Basta que eles sejam fofinhos e meio bizarros.

O lado fofo é o mais explorado pela Dreamworks, que adquiriu os direitos da marca em 2013 para apresentá-la às novas gerações. Os pequenos trolls vivem em uma floresta e precisam ficar escondidos para não serem comidos pelos gigantes bergens (esses sim são parecidos com os Boxtrolls). A trama começa a ficar agitada quando um desses inimigos aparece e sequestra um grupo de cabeludinhos coloridos.

Os trolls Poppy e Tronco resolvem ir até a cidade habitada pelos bergen para tentar resgatar os amiguinhos. Quando chegam lá, fazem amizade com uma criada que precisa de ajuda para conquistar um príncipe. O visual do filme muda nas sequências do vilarejo, que tem um aspecto mais decadente, sem as cores alegres das cenas na floresta, mas igualmente delirante.

O personagem Tronco é bem elaborado. Ele faz o tipo cético, que não consegue entrar no clima otimista dos demais trolls. É uma postura interessante como contraponto para o clima de "abestalhamento" da comunidade e traz alguma sobriedade para o filme, que é uma grande viagem de visual nonsense.

A comunicação do filme com os adultos é prejudicada na versão dublada em português. A animação é praticamente um musical. Assim como ocorre na série Shrek, em Festa no céu e em Alvin e os esquilos, músicas de sucesso do pop e do rock são cantadas pelos personagens. No Brasil, entretanto, as canções foram traduzidas e a brincadeira praticamente perde o sentido. As referências só são percebidas por causa das melodias.

A trilha inclui clássicos como Total eclipse of the heart (Bonnie Tyler), Hello (Lionel Ritchie), Celebration (Kool e the Gnag) e True collors (Cindy Lauper), entre outras. No original em inglês, as músicas foram regravadas por cantores-atores como Justin Timberlake, Zooey Deschanel, Anna Kendrick e Russell Brand, que fazem as vozes dos personagens. No Brasil, Hugo Gloss e Hugo Bonemer estão entre os dubladores. The sound of silence (Simon e Garfunkel) foi mantida em inglês.

No Recife, o filme só é exibido na versão legendada no UCI Kinoplex Deluxe 2, em Boa Viagem, em sessão única às 21h40 (exceto sábado).

 

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