Os espetáculos estão de volta ao histórico prédio do Teatro Valdemar de Oliveira, na Praça Oswaldo Cruz, no bairro da Boa Vista. Fechado desde 2015, o espaço será reaberto ao público no próximo sábado, com o II Festival Transborda de Cultura sem Gênero, com a peça Menina Bruno, do grupo Itinerante, do Rio de Janeiro. A interdição do teatro aconteceu após uma vistoria do Corpo de Bombeiros, onde foram constatadas falhas na segurança do prédio, datado de 1971. Na época, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) também observou falta de acessibilidade. Desde então, a direção do espaço, sede do Teatro de Amadores de Pernambuco (TAP), começou uma corrida contra o tempo e contra a falta de verba para readequar o prédio.
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Teatro Valdemar de Oliveira reabre as cortinas após três anos
O espaço será reaberto ao público com o II Festival Transborda de Cultura sem Gênero
Yeda Bezerra de Mello, neta de Valdemar de Oliveira, é uma das pessoas à frente da retomada do teatro, mantido por um conselho de 22 pessoas. Segundo ela, parcerias com empresas privadas - que cederam material para a reforma - além da campanha Dê a mão ao TAP, viabilizaram a volta do teatro. Algo simbólico em uma cidade onde o Teatro do Parque, no mesmo bairro, ainda está de portas fechadas. “Espero que o público volte a frequentar o Valdemar de Oliveira”, conclama Yeda. Até porque, lembra ela, uma agenda repleta de espetáculos é importante para mantê-lo vivo. “O dinheiro obtido com o aluguel da casa é para filantropia e manutenção do prédio. Quando há espetáculo do TAP, que não tem fins lucrativos, a verba tem a mesma finalidade, além de manutenção do grupo”, explica.
O teatro ainda precisa de poucos ajustes para atender a totalidade das demandas do MPPE e do Corpo de Bombeiros. Um exemplo é a substituição da atual caixa d’água por uma maior. Para isso, no entanto, é preciso fazer uma intervenção na estrutura do edifício, que não suportaria o peso demandado pelo novo reservatório. Quanto às exigências do MPPE, ainda é preciso dispor cadeiras para uso de pessoas obesas, além de uma fileira somente para cadeirantes. Diante das mudanças já realizadas, os bombeiros concederam o alvará de funcionamento.
“Estamos correndo para terminar tudo esta semana”, diz Yeda. Durante a intervenção foi retirada uma fila de cadeiras - eram 400 e passaram a ser 318 - para viabilizar a saída lateral, da frente e da parte de trás do teatro e aumentar os corredores. Além disso, os corredores laterais ganharam rampas, o parapeito do balcão foi adequado e os banheiros reformados, sendo um adaptado para oferecer acessibilidade. Yeda lembra que a campanha ainda está aberta para contribuições pelo email teatrovaldemardeoliveira.tap@gmail.com. Isso porque há um plano de fazer uma grande festa de inauguração do velho prédio. Além disso, ainda há pequenos reparos a serem feitos. “Ganhamos espelhos, por exemplo, mas precisamos de mão de obra para cortar e instalar”, lembra.
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