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Com Bregalize no Galo, brega pernambucano ganhou mais espaço no maior bloco do planeta
A manhã de folia começou com um set do DJ Rodrigo Porto, que mesclou música pop e algumas faixas do brega-funk. O grupo Amigas do Brega entrou no palco com atraso (estava agendado para 10h30, aparecendo quase de 12h), mas compensou com um repertório repleto de clássicos. O quarteto formado por Palas Pinho (Ovelha Negra), Dayanne Henrique (Frutos do Amor) Dany Myler (Banda Lolyta) e Eliza Mell (Brega.com) levou o público ao êxtase, mesmo às vezes tendo que competir com o som dos trios que transitavam na Rua Imperial.
As meninas começaram o show cantando Em plena lua de mel, clássico de Reginaldo Rossi. Depois disso, começaram a fazer mais apresentações individuais e em duplas. Alguns exemplos: Palas com Amor de rapariga, Dayanne com Meu diário e Eliza com Ânsia. Esta última vocalista repetia constantemente "tem gogó, querida?", frase viralizou na internet e acabou virando bordão.
Com tantas músicas memoráveis e vocais poderosos, as Amigas do Brega provaram porque estão fazendo tanto sucesso. O DVD do grupo no YouTube já conta com 5 milhões de visualizações. A agenda do carnaval também foi recheada, com apresentações no Brega Naite da Golarrolê e no polo descentralizado de Brasília Teimosa. "Estamos conseguindo assistir ao brega sendo inserido de fato nesse carnaval multicultural, como deve ser", disse Dany Myler.
Após as meninas, o DJ Bregoso apostou em um setlist repleto de sucessos do brega-funk, sobretudo os ligados ao fenômeno do Passinho dos Malokas. O dançou as diversas coreografias desse movimento cultural que está renovando o ritmo, estimulando o êxito de novos grupos de dança, MCs, influenciadores digitais, eventos, produtores musicais e audiovisuais. Foi uma amostra do que viria a seguir: Shevchenko e Elloco.
Fundada em 2007, a dupla é a sensação do brega-funk de 2019 por lançar as músicas que evocam o passinho. Eles subiram no palco já apresentando que não saem das caixas de som pela cidade: Toma na pepeka, Gera bactéria e Tome empurradão. Para quem acompanha a trajetória dos recifenses do Arruda, bairro da Zona Norte, o show foi emocionante. Após alguns anos de ostracismo e dificuldades, vê-los como atrações de destaque é um bom exemplo de superação.
Outro fator pungente no show foi que, com o término dos trios elétricos, várias pessoas que não estavam no camarote passaram a assistir a apresentação do lado de fora. A dupla não deixou de se direcionar a essa parte do público. Ainda na noite do sábado (2), Shevchenko e Elloco também se apresentaram no palco do Rec-Beat, montado no Caís da Alfândega, Bairro do Recife. "É uma conquista muito grande, pois o brega-funk é um gênero que oscila muito, mas viemos agora com essa tendência do passinho. Queremos mostrar tudo isso ao Brasil como uma cultura do Recife". Como forma de “agradecer a Deus” pela apresentação, eles finalizaram o repertório com Noites traiçoeiras, de Padre Marcelo Rossi.
Michelle Melo iria finalizar a grade de shows. A "Rainha do Brega", no entanto, não compareceu ao evento. A cantora não se posicionou até o momento da publicação desta matéria. O Bregalize no Galo ofereceu o serviço "all inclusive" com open bar de cerveja, vodka, catuaba, whisky, refrigerante e água. O open food contou com café da manhã, mesa de frios, petiscos e caldinhos oferecidos pelo Seu Boteco.
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