Dentro nos Afoxés, a sonoridade - enquanto ritmo afro - tem a intenção de aguçar os sentidos do corpo. Quem escuta as batidas dos atabaques, dos agbês e agogôs sente logo a vontade de arriscar algum passo. Os bailarinos, por sua vez, preocupam-se além de expressar os sentimentos diante das canções, em evidenciar os movimentos que são executados dentro dos terreiros de Candomblé. Pode-se observar nas músicas dos grupos que além do aspecto religioso, as letras também versam sobre representatividade, combate a intolerância e ao racismo.
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O sentido da dança nos Afoxés de Pernambuco
O corpo dentro dos grupos é livre para expressar a fé, o posicionamento político e a resistência contra o preconceito
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O coordenador de dança do Afoxé Omo Inã, Jefferson Belarmino, da comunidade da Mangabeira, na Zona Norte do Recife, diz que mesmo o grupo tendo como patrono o orixá Oyá (dos ventos e das tempestades), todos as outras divindades são reverenciadas. “Assim como nos terreiros, de Exú a Oxalá, todos são cultuados e expressados”, pontua.
O presidente do Obá Iroko, Clovis Ramos, do bairro de Água Fria, na Zona Norte do Recife conta que nos cortejos sempre traz três um grupo de bailarinos, que executam movimentos coreografados e livres em homenagem à Iroko. “Além do corpo de balé, trazemos uma uma pessoa interpretando o orixá da ancestralidade", reforça.
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EP 01: Conheça a história dos Afoxés em Pernambuco
EP 02: Afoxé: força e resistência da religiosidade de matriz africana na rua
EP 03: Afoxé: sinônimo de resistência e trabalho social
EP 04: O sentido da dança nos Afoxés de Pernambuco
EP 05: A essência da musicalidade nos afoxés de Pernambuco
EP 06: Filhos de Dandalunda: beleza e riqueza da Nação Angola em Pernambuco
EP 07: Afoxé Ará Omim, o canto da resistência negra na Região Metropolitana do Recife