EXPOSIÇÃO

Exposição aproxima Capela Sistina do Recife a partir desta quinta-feira

Através de 15 ambientes, público pernambucano terá contato com a capela mais famosa do mundo na exposição ''Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina''

Publicado em: 15/07/2024 06:00

 (Foto: Marie Kappel)
Foto: Marie Kappel
De acordo com o provérbio, todos os caminhos levam a Roma, porém nem todos os corredores conduzem à Capela Sistina. Mas os pernambucanos têm direito a um caminho mais curto no Shopping RioMar Recife, que será a primeira parada da exposição 'Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina' após sua estreia em São Paulo. A mostra será inaugurada na próxima quinta-feira (18), no RioMar Recife, com ingressos já disponíveis a partir de R$ 30 na Bilheteria Digital.

A exposição, considerada a mais imersiva já realizada no Brasil sobre uma das maiores obras-primas da humanidade, proporciona a sensação de estar na Capela Sistina por meio de uma reprodução animada das paredes e do teto em uma escala próxima à original. Serão mais de mil metros quadrados no piso L3 do mall com 15 salas contendo réplicas de obras, manuscritos, desenhos e esculturas em tamanho real, incluindo uma novidade exclusiva e diferente da temporada do ano passado: um ambiente interativo dedicado à famosa "Pietà", escultura que representa a Virgem Maria segurando seu filho Jesus nos braços. 

Apesar de Michelangelo ser um nome familiar para muitos, poucos tiveram contato direto com suas obras. Isabela Acioli, produtora-geral da Festa Cheia e uma das responsáveis pela exposição, destaca a importância de tornar a arte acessível para o grande público. “Nosso objetivo é trazer ao grande público, de forma interessante, lúdica e interativa, um riquíssimo material mostrando como artistas como Michelangelo marcaram uma época, tornando-se imortais por seus legados e proporcionando o acesso de todas as faixas etárias ao mundo da arte, que, por muitas vezes, nos dias de hoje, acaba tornando-se distante.”. 

As réplicas das esculturas selecionadas contemplam diferentes fases da trajetória do artista italiano. Entre elas está uma das suas primeiras peças, “Madonna da escada” (1491), que retrata a Virgem Maria sentada em uma escada segurando e cobrindo seu filho, enquanto ele dorme. “Centauromaquia” ou “A batalha dos centauros” remete à fase em que o escultor começa a destacar a nudez como forma de representar a beleza. A réplica certificada de “Madonna de Bruges” (1501/1504), destaque no filme “Caçadores de obras-primas”, estrelado por George Clooney, também faz parte da exposição, assim como a “Pietà de Rondanini” (1552), conhecida como a última obra inacabada de Michelangelo.

Michelangelo, com a hesitação típica de um escultor orgulhoso, aceitou o pedido do Papa Júlio II para pintar uma das maiores obras de arte da humanidade: os afrescos do teto da Capela Sistina, no Vaticano. Antes de iniciar esse desafio monumental, ele dedicou aproximadamente um ano aos estudos preparatórios, realizando incontáveis esboços para garantir que cada figura divina e humana fosse representada de acordo com sua visão artística. O professor e historiador da arte Luiz Cesar Marques Filho, curador da exposição, elaborou os conteúdos dos ambientes para oferecer aos visitantes uma visão detalhada sobre a construção da Capela, suas tradições e seu uso pelo Vaticano. 

Ao final da jornada pela Capela, o público vai encontrar a réplica em tamanho real da famosa escultura de David, cuja versão original está localizada em Florença, na Itália, onde atrai milhões de visitantes. A peça tem mais de 5 metros de altura (mesmo tamanho que poderá ser vista na exposição), foi feita em mármore branco e pesa cerca de 5 toneladas. Michelangelo tinha apenas 26 anos quando entregou a obra.

'Michelangelo: O Mestre da Capela Sistina' é a segunda exposição imersiva de grande escala em exibição no RioMar Recife. Ano passado, a mostra Van Gogh Live 8K também impressionou os visitantes com seu alto grau de realismo e imersão. “Certamente, ao final da visitação à exposição, o público irá se deparar com este mesmo misto de sentimentos, estando presente o encantamento pela beleza das cores e formas, pela precisão de seus traços, pela intensidade das emoções que o mestre conseguiu retratar em suas telas, esculturas e poemas e como elas se mantêm vivas até os dias de hoje”, garante Isabela Acioli.

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