EXPOSIÇÃO

Mostra Expressão da Liberdade reivindica garantia de direitos de meninas e mulheres

Exposição será aberta no 1º andar do Museu da Abolição, às 14h desta terça-feira (30), Dia Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas

Publicado em: 29/07/2024 14:29

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Nesta terça-feira (30), Dia Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, o Museu da Abolição abre as portas, a partir das 14h, para a mostra Expressão da Liberdade. Promovida pelo Freedom Fund, em parceria com a Casa Menina Mulher, o Centro das Mulheres do Cabo, o Coletivo Mulher Vida e o Instituto Aliança, a exposição ecoa as vozes de 66 jovens artistas do Recife e Região Metropolitana contra ameaças de exploração sexual comercial e outras formas de violência.

O grito artístico em defesa da garantia de direitos de meninas e mulheres reúne 20 telas produzidas coletivamente por jovens em situação de vulnerabilidade social participantes do programa Com.Direitos. A inauguração da mostra ocorre de forma simultânea no Recife e na Estação London Bridge do metrô de Londres. Haverá ainda um intercâmbio com iniciativa semelhante desenvolvida em Bangladesh.  
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"Por meio da arte, queremos chamar a atenção para graves violações que ainda persistem em nossa sociedade e são invisibilizadas, não só no Brasil, mas no mundo. A situação de exploração sexual comercial de crianças e adolescentes têm muito em comum seja na periferia do Recife, seja em locais que enfrentam as mesmas desigualdades socioeconômicas, como as cidades de Bangladesh", ressalta a assessora de Programas do Freedom Fund e coordenadora da exposição, Cecília Cuentro. Na abertura da mostra no Museu da Abolição também será possível assistir a uma exibição das telas produzidas pelas meninas do país asiático. "Conectar essas duas geografias e esses dois projetos, dando visibilidade a eles também na Inglaterra, é nossa forma de esperançar coletivamente", acrescenta Cecília. 

Cada obra é uma expressão de resiliência e afirmação de identidade, que transforma vivências em arte, ressignificando violências e reivindicando a liberdade em suas mais diversas expressões. As organizações envolvidas com a iniciativa tiveram autonomia para conduzir o processo criativo de acordo com a sua metodologia. Na Casa Menina Mulher, por exemplo, o trabalho foi desenvolvido em três etapas, segundo descreve a arte terapeuta Leila Palmeira: “Primeiro, lemos o livro O que é a liberdade?, de Renato Bueno, seguido por uma escrita criativa, em que cada uma escreveu o que é liberdade para elas, culminando na produção coletiva das telas. As ideias surgiram delas, tornando o processo muito potente e transformador”. 
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