Músico pernambucano considerado um dos maiores nomes da música brasileira e um dos percussionistas mais consagrados do mundo, Naná Vasconcelos completaria 80 anos nesta sexta (2). O compositor e instrumentista faleceu em março de 2016, aos 71, em decorrência de complicações de um câncer de pulmão que vinha tratando desde 2015.
Eleito oito vezes pela revista Down Beat e único artista brasileiro com oito prêmios no Grammy, o artista tem seu legado bem guardado e difundido pela sua esposa e curadora, Patrícia Vasconcelos, que vem participando de diversos projetos ao longo do ano em celebração da memória de Naná, sendo um deles o Museu de Arte Afro-Brasil Rolando Toro (Muafro Recife), no Bairro do Recife.
"O Muafro quer celebrar os 80 anos de Naná para afirmar o legado de um pernambucano que muito fez pela nossa cultura", declarou a diretora do Museu ao Diario, Lucia Helena, na ocasião do lançamento.
"Fui à São Paulo para a Ocupação Itaú Cultural - Naná Vasconcelos e depois vim a Nova York onde achei que cuidaria ainda melhor desse legado enorme que ele deixou, trouxe alguns vinis que lancei na Alemanha depois da morte dele e outras coisas para mostrar em homenagem a essa data. E daqui eu sigo para Pesqueira, para o Festival Pernambuco Meu País", contou. "Quanto mais a gente divulga essa história e legado de Naná, mais conseguimos perceber outras correntes de mobilização da memória dele. Ele era muito mais do que a música, a arte dele se estende para diversas formas".
Naná morou durante cinco anos em Paris e 27 em Nova York, sendo também cidadão americano, assim como a esposa, com quem foi casado por 17 anos, e sua filha, Luz Morena Vasconcelos. "Acho que isso ajudou muito a propagar a música dele pelo mundo. Essa linha central lá surtiu um efeito grande em termos de resgate da obra de Naná", completou Patrícia.
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