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15º Festival Noite do Dendê exalta a riqueza da herança africana no Recife

Reunindo 24 atrações de cultura afro-brasileira, evento acontece a partir desta sexta-feira (27) e segue até o domingo (29), com apresentações em cortejo e de palco


Com três dias de festividades para celebrar a ancestralidade africana e a cultura afro-brasileira, a 15ª edição do festival A Noite do Dendê começa nesta sexta-feira (27) e segue no sábado (28) e no domingo (29), reunindo mais de 24 atrações, entre nações de maracatu e grupos de afoxé, coco de roda e o tradicional trio-pé-de-serra. 

A primeira edição da festa aconteceu em 1914 e, após um hiato de 95 anos, ela foi retomada em 2009 pela Nação Maracatu Porto Rico Baque Virado, do bairro do Pina. O centro da celebração, onde vão estar reunidos várias nações e grupos afro, estará o dendê, mais do que um ingrediente, ele é a força espiritual, axé, que conecta o presente ao passado, trazendo a energia das divindades africanas para o cotidiano do Recife.

"Será uma cerimônia linda para pedirmos paz, saúde e muita alegria para esta nossa celebração. Digo sempre que é um momento em reverência aos nossos antepassados, cada um de nós com suas memórias e espiritualidades. Quando falo já consigo sentir um pouco da emoção deste dia, que é trazer essa atmosfera da África para o solo recifense. A cidade vibra ao som dessa herança que não se apaga” disse, emocionado,  o Mestre Chacon Viana,  filho da Ialorixá e rainha Mãe Elda, do Oxóssi, última majestade coroada dentro da Igreja Rosário dos Homens Pretos, em 1980, no Recife, e atual mestre da Nação Porto Rico. 

No sábado, acontece o cortejo Tambores Sagrados, no qual reúne seis nações de maracatu, e mais dez grupos de cultura afro. Juntos, eles vão ocupar ruas e avenidas, durante um percurso de aproximadamente 3 km. A concentração terá início às 17h, em frente à Igreja Nossa Senhora do Rosário, no Pina. De lá, partem rumo ao palco montado nas proximidades do Maracatu Porto Rico, onde a festa será comandada até às 3h do domingo.

Para costurar a programação de três dias, no domingo, o som das alfaias, o som das alfaias, grandes tambores, que marcam a cadência do maracatu, se mistura ao ritmos dos agogôs e ao tilintar dos ganzás, e, também, a Noite do Samba. Começando mais cedo, a partir das 17h, vários grupos culturais do Recife, vão se revezar no mesmo palco até às 0h. Toda a celebração poderá ser acompanhada pelo público, gratuitamente. 

Leia a notícia no Diario de Pernambuco