CINEMA

'Ainda Estou Aqui' é escolhido como o representante do Brasil no Oscar 2025 de filme internacional

Última vez que o Brasil foi nomeado na categoria foi com 'Central do Brasil', também de Walter Salles, que conquistou ainda a indicação de atriz para Fernanda Montenegro

Publicado em: 23/09/2024 13:20 | Atualizado em: 23/09/2024 14:09

 (Divulgação)
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A Academia Brasileira de Cinema anunciou nesta segunda-feira (23) que Ainda estou aqui, de Walter Salles, será o longa-metragem representante do Brasil na disputa por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional no Oscar 2025.

O filme protagonizado por Fernanda Torres e Selton Mello disputava com outras cinco produções (Cidade; Campo, de Juliana Rojas, Levante, de Lillah Halla, Motel Destino, de Karim Aïnouz, Saudade fez morada aqui dentro, de Haroldo Borges, e Sem Coração, de Tião e Nara Normande).

“Estou orgulhosa de presidir essa comissão, que foi unânime na escolha desse grande filme sobre memória, um retrato emocionante de uma família sob a ditadura militar. ‘Ainda Estou Aqui’ é uma obra-prima, sobre o olhar de uma mulher, Eunice Paiva, e com atuações sublimes das duas Fernandas. Esse é um momento histórico para nosso cinema. Não tenho dúvida que esse filme tem grandes chances de colocar o Brasil de novo entre os melhores do mundo. Nós, da indústria do audiovisual brasileiro, merecemos isso”, disse Bárbara Paz, presidente da Comissão de Seleção.

Além de Bárbara, a comissão foi formada ainda por: Alfredo Alves, Allan Deberton, Alzyr Brasileiro, André Pellenz, Bernardo Uzeda, Bia Oliveira, Carol Bentes, Cintia Domit Bittar, Diogo Dahl, Edson Ferreira, Eloisa Lopez Gomes, Gabriel Mellin, Gal Buitoni, Gláucia Camargos, Ivelise Ferreira, Joaquim Haickel, Lô Politi, Lucy Barreto, Malu Miranda, Mónica Trigo, Renata Martins, Sandra Kogut e Yasmin Martins Mendes.

Ainda estou aqui foi - e tem sido - a produção brasileira de maior repercussão internacional de 2024, ovacionado no Festival de Veneza (onde venceu o prêmio de melhor roteiro) e no Festival de Toronto, com veículos como The Hollywood Reporter o colocando como um dos possíveis favoritos ao próximo Oscar na categoria internacional.

Baseado no livro homônimo de Marcelo Rubens de Paiva, com roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega, a adaptação começa no início dos anos 1970, quando um ato de violência muda a história da família Paiva para sempre. O livro e o filme abraçam o ponto de vista daqueles que sofrem uma perda em um regime de exceção.
 
A última vez que o Brasil conquistou uma indicação de filme internacional foi com Central do Brasil, também dirigido por Walter Salles, que indicou ainda Fernanda Montenegro ao prêmio de melhor atriz. Anteriormente, o país já tinha figurado na categoria com O pagador de promessas, de Anselmo Duarte, O quatrilho, de Fábio Barreto, e O que é isso, companheiro?, de Bruno Barreto.
 
Ainda estou aqui será exibido na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, que começa dia 17 de outubro, e estreia no Brasil em novembro, com distribuição da Sony.
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