LITERATURA

Chega ao Recife neste fim de semana o 21º Festival A Letra e a Voz

Com programação gratuita, evento abre no Teatro do Parque e toma conta da Avenida Rio Branco no sábado e domingo; os ingressos da abertura serão distribuídos na bilheteria do teatro na sexta, a partir das 18 horas

Publicado em: 04/09/2024 06:00 | Atualizado em: 04/09/2024 01:26

 (Foto: Marcos Pastich)
Foto: Marcos Pastich
Várias diferentes veias da leitura serão celebradas por escritores, poetas, artistas e público neste fim de semana. Chegando a sua 21ª edição, o Festival Recifense de Literatura: A Letra e a Voz, com o tema 'Pontes literárias', terá sua abertura nesta sexta-feira, dia 6 de setembro, a partir das 19h30, no Teatro do Parque, com o espetáculo Poesia Eletrônica, de José Paes de Lira (o Lirinha), misturando músicas com paisagens sonoras, samplers e iluminação cênica para transportar a plateia para o universo da oralidade e da sabedoria popular, centrais na ideia que motiva o festival.

Em uma realização da Prefeitura do Recife, por meio da Secretaria de Cultura e da Fundação de Cultura Cidade do Recife, o evento segue até domingo, dia 8, tendo como ponto principal a Avenida Rio Branco, no Recife Antigo. No sábado e no domingo, a programação foi pensada, com uma estrutura maior e posicionada no início da via, para abraçar a recém-instalada estátua do poeta Miró, frequentados assíduo do festival e homenageado na edição de 2018. Este ano, o espaço também vai contar contar com espaço de autógrafos para que os autores possam receber os leitores após os lançamentos, além dos painéis 'instagramáveis' para que o público possa registrar trechos e autores da sua preferência.

A Feira de Livros Miguel de Cervantes, tradicional de todas as edições, dá início à programação no sábado pela manhã, enquanto o período da tarde trará lançamentos de livros, mesas de debate, performances e batalha de rima - o que vai tomar conta do espaço das 14h30 até as 21h. Durante esse período, o festival traz a argentina Bárbara Belloc, Lourival Holanda e Wellington de Melo, com mediação de Eduardo César Maia, para a mesa que leva o título do tema deste ano. A performance teatral 'De Adeus e Borboletas ou A Música do Silêncio', com os atores Adriano Cabral, Márcia Cruz, Miguel Cabral e Nina Souza, também se destaca na programação do primeiro dia, enquanto a mesa solene dedicada à obra e legado dos homenageados desta edição vai fechar o sábado.

No domingo, segundo dia, serão apresentados pela manhã os shows ‘No Passinho do Movimento’, do grupo Tintim por Tintim, e ‘Caixinha de Ritmos’, de Lulu Araújo. Ao longo da tarde, a mesa ‘Pontes com o Mundo’ reunirá Bárbara Belloc (Argentina) e Luís Serguilha (Portugal), além de Patrícia Vasconcellos e Rodrigo Vasconcellos na mediação, e, por fim, o público será conduzido pelo evento ao futuro da produção de conteúdo digital, com a presença de Luna Vitrolira e Clarice Freire, que acabam de lançar novidades nas prateleiras da literatura recifense.
 
A pesquisadora Heloísa Arcoverde, durante muitos anos realizadora da mostra, é a escolhida para a homenagem desta edição, que celebra ainda, in memorian, os centenários do professor, poeta e ensaísta César Leal, da poetisa Maria do Carmo Barreto Campello e do romancista e dramaturgo Osman Lins. 

Ao Viver, o curador Dado Sodi destaca o amadurecimento do festival após mais de duas décadas. "Depois de 20 edições, a programação que chega às ruas neste fim de semana é madura e fortalecida, abraçando não só Miró, mas a cidade inteira. E interagindo com o bairro histórico, sua rotina e seus públicos. Helô, homenageada desse ano, conta a história toda do Festival, além de ser uma vida inteira dedicada à literatura do Recife. E os demais homenageados foram fundamentais para colocar Pernambuco em destaque na literatura nacional e mundial. São nomes essenciais da nossa história”, afirmou.

 “O Festival A Letra e A Voz reafirma o compromisso da gestão com a diversidade cultural do Recife, em especial com a produção literária local, funcionando como espaço de discussão, vitrine, reflexão e encontro dos nossos escritores com o público leitor”, comentou à imprensa o presidente da Fundação de Cultura, Marcelo Canuto.
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