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Longa pernambucano 'Salomé' fará sua estreia mundial no FICVALDIVIA

Filme do diretor André Antônio, de 'A seita' e 'Vênus de Nyke', estreia em outubro no 31º Festival Internacional de Cine de Valdivia, que acontece no Chile


Segundo longa do pernambucano André Antônio, Salomé fará sua estreia mundial na mostra competitiva do 31º Festival Internacional de Cine de Valdivia, que acontece no Chile entre 14 e 20 de outubro. Produção de Dora Amorim, Júlia Machado e Thaís Vidal, da Ponte Produtoras, e também do coletivo Surto & Deslumbramento, o filme te´ra seu lançamento nos cinemas pela Vitrine Filmes.

Na trama, Cecília (Aura do Nascimento), jovem modelo de sucesso, retorna ao Recife, sua cidade de origem, para passar o Natal com a mãe. Certa noite, um vizinho que ela não vê há muito tempo lhe mostra um misterioso frasco contendo uma substância verde tóxica. Ela começa a se apaixonar por ele, mas também descobre que ele está envolvido com uma estranha seita ao redor da figura de Salomé, a sanguinária princesa bíblica.

De acordo com o diretor, seus filmes são sempre sobre personagens em busca de prazer e tentando alcançar seus ideais particulares de paraíso, seja o retorno à casa/cidade da infância, como no caso do longa A seita, sejam os fetiches sexuais em Vênus de Nyke. "O projeto do meu segundo longa surgiu depois que A seita foi finalizado. Eu havia lido muita coisa escrita por Oscar Wilde como pesquisa para esse filme mas, depois de lançá-lo, percebi que não conhecia a célebre - e censurada, na época - peça teatral 'Salomé', de 1891”.

A figura de Salomé - a princesa bíblica responsável pela decapitação de Iokanaan (o nome hebraico para João Batista) - foi frequentemente elevada, ao longo da história da arte, da literatura, do teatro e do cinema, ao status de imagem emblemática de um erotismo queer transgressor. André Antônio, que também assina o roteiro de Salomé, conta que o maior desafio ao escrever foi transpor essa mítica personagem para um cenário bem específico: Recife, sua cidade. 

“Meu filme não é uma adaptação da peça de Wilde, apenas toma a peça como ponto de partida. O conflito entre alguém cosmopolita e descolada como Cecília e o universo suburbano e provinciano da sua família - conflito sem dúvida compartilhado por muitas existências queer - é algo que permeia o filme através de situações e sensações que vêm da minha própria história pessoal como alguém que veio de uma família pobre mas que acabou, pelos acasos e sortes da vida, realizando o sonho de fazer filmes”, comenta André.

Leia a notícia no Diario de Pernambuco