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'Serra das Almas', de Lírio Ferreira, mescla o humor e a contundência do cinema pernambucano

Thriller de ação contado em ordem não linear tem grande elenco e abraça as catarses do cinema de gênero, mesmo que estrutura pese o ritmo da primeira metade

Exibido no Festival do Rio e chegando agora na 48ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, Serra das almas é o novo longa-metragem do diretor recifense Lírio Ferreira (Baile perfumado, Árido movie) e tem mais do cinema, da ousadia, do sotaque e do humor pernambucano do que qualquer outro filme da seleção nacional do evento este ano.


Quando as subtramas vão se encadeando e o roteiro passa a amarrar as pontas, Serra das almas cresce inclusive do ponto de vista de encenação: os planos fechados de Lírio, que inicialmente soam intrusivos, valorizam mais o trabalho dos atores e a câmera sempre viva é bastante eficiente na tensão de econômicas cenas de ação. Tematicamente, essa segunda metade também melhora ao se entregar aos arquétipos de histórias de bandidos, com viradas clássicas habilmente trabalhadas pela direção de atores e pelo texto. O diretor parece deixar os atores muito soltos em suas composições inconfundíveis e coloca a cargo do senso de humor o abrasileiramento das referências que está buscando.


Leia a notícia no Diario de Pernambuco