REVIEW

Until Dawn (2024): Novidades fazem remake ser bem-vindo

Remake do Until Dawn traz saldo positivo

Publicado em: 16/10/2024 16:06 | Atualizado em: 16/10/2024 16:28

 (Divulgação/PlayStation)
Divulgação/PlayStation

 

Desde o anúncio de sua produção, o remake do Until Dawn, jogo de horror lançado primariamente em 2015 e relançado em 2024, vem sendo tratado como uma polêmica — é realmente necessária uma versão nova de um game lançado há menos de 10 anos?  Lá atrás, o jogo nasceu praticamente um clássico, trazendo uma história de terror interativa onde cada mínima escolha podia interferir no destino de todos os personagens da trama. 

 

No enredo, um grupo de jovens se reúne em uma cabana isolada, localizada numa montanha envolta por mistérios, um ano após um evento trágico ter acontecido ao grupo. Para tentar superar a tragédia, o anfitrião Josh, interpretado pelo vencedor do Oscar Rami Malek, chama de volta os amigos que estavam naquela fatídica noite.

 

Aclamada, a versão original do game ajudou a firmar esse 'subgênero' do horror cinematográfico, trazendo outros bons títulos como ‘The Quarry’, ‘Little Hope’ e o recente ‘The Casting of Frank Stone’. Se em 2015 o resultado do lançamento do jogo foi positivo, em 2024 pode-se dizer que é melhor ainda.

 

UNTIL DAWN REMAKE

 

 (Divulgação/PlayStation)
Divulgação/PlayStation

 

É justo dizer que as novidades trazidas pelo remake o faz ser, se não 'necessário', pelo menos 'justificável'. Until Dawn, lançado originalmente pela Supermassive Games, foi completamente refeito pela Ballistic Moon, empresa fundada por três ex-desenvolvedores que participaram da versão original. Construído na queridinha Unreal Engine 5, os visuais e a jogabilidade deram um salto imenso em qualidade. 

 

Se em 2015 a câmera era praticamente estática e muitas vezes o cenário não podia ser explorado pela falta de campo de visão, aqui essa questão sumiu. Agora, a câmera acompanha o jogador em terceira pessoa, sendo controlada pelo mouse ou analógico direito, como de costume. 

 

A engine também permitiu um salto gráfico de encher os olhos, com cenários com a profundidade ampliada, ajudando na atmosfera sombria e gelada que abraça os personagens. A iluminação — ou a falta dela — também é um destaque positivo, já que boa parte da história se passa em luz baixa ou contando com apenas com fontes de luz pontuais, como lanternas e lampiões. 

 

 (Divulgação/PlayStation)
Divulgação/PlayStation

 

Os personagens também receberam um tratamento carinhoso. As novas expressões faciais aumentaram a gama de sentimentos demonstrados, o que ajuda na contação da história, assim como as texturas detalhistas das roupas e nos ferimentos sofridos ao longo do game.

 

Outra novidade muito bem-vinda é a interação com o DualSense, controle do PS5. Vem sendo bastante questionado o uso dessa interação, já que muitos acreditam que o DualSense está sendo subutilizado, mas não aqui. Desde as menores ações até as escolhas de vida ou morte, o controle mostra toda sua potência, seja na resistência dos gatilhos adaptáveis aos graus de tremor que elevam a tensão sentida pelo jogador.

 

Em relação a história, o remake foi até conservador. O finalzinho recebeu uma nova cena e o jogo ganhou um prólogo, que dá margem para outra produção — lembrando que um filme do ‘Until Dawn’ já foi confirmado e tem data de lançamento marcada para abril de 2025. Também é importante pontuar que manter o enredo original é um acerto, já que é uma trama dinâmica, cheia de reviravoltas e completamente imprevisível, dada a natureza narrativa do game. Para não deixar de mencionar, os QTE (Quick Time Events) são bem tranquilos, mas as escolhas “Efeito Borboleta” não deixam de dar aquele friozinho na barriga até para os jogadores mais antigos.

 

 (Divulgação/PlayStation)
Divulgação/PlayStation
 

 

Algumas questões negativas também estão presentes. Na versão de lançamento, são notadas quedas até bruscas de framerate em partes chave do jogo. Também foram notados alguns bugs gráficos, como um personagem abrindo uma porta, ela abrir, outra aparecer no lugar anterior e o personagem a atravessar.

 

Por fim, além de qualquer polêmica, o remake do Until Dawn é muito bem feito e uma história que já era boa ganha uma versão com um salto de qualidade que é bem-vinda à nova geração.

 

*A cópia do jogo utilizada para a produção deste review foi cedida pela PlayStation. 

Tags: playstation | review | remake | dawn | until |
MAIS NOTÍCIAS DO CANAL