JUROS

''Alta de juros não é o nosso cenário base'', diz Campos Neto

Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, descarta aumento de juros e reforça que decisão unânime do Copom mostra que foi técnica e que diretoria está unida para reduzir os ruídos

Publicado em: 27/06/2024 14:46

De acordo com Campos Neto, o Banco Central seguirá atento às mudanças de cenários, mesmo sem o forward guidance. ''Isso não significa que não estamos vigilantes e vamos debater em cada reunião'' (Crédito: Reprodução / Youtube Banco Central)
De acordo com Campos Neto, o Banco Central seguirá atento às mudanças de cenários, mesmo sem o forward guidance. ''Isso não significa que não estamos vigilantes e vamos debater em cada reunião'' (Crédito: Reprodução / Youtube Banco Central)

Em meio a uma série de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, reforçou, nesta quinta-feira (26/7) que a autoridade monetária não projeta aumento de juros após a instituição interromper o ciclo de cortes na taxa básica da economia (Selic), na semana passada. Além disso, reforçou que “as decisões do BC são técnicas”, buscando reduzir qualquer tipo de ruído.

“Alta de juros não é o nosso cenário base”, disse o presidente do BC, em São Paulo, durante a apresentação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI).

Segundo Campos Neto, a comunicação oficial do Comitê de Política Monetária (Copom), que manteve, por unanimidade, a taxa Selic em 10,50%, deixou essa mensagem de que não há perspectiva de aumento de juros, apesar de o colegiado não retomar a sinalização futura (forward guidance), o BC segue cauteloso na missão de perseguir o centro da meta de inflação, de 3% ao ano.

De acordo com Campos Neto, o Banco Central seguirá atento às mudanças de cenários, mesmo sem o forward guidance. “Isso não significa que não estamos vigilantes e vamos debater em cada reunião”, frisou.

Campos Neto destacou também que os ruídos políticos têm contribuído para a piora nas expectativas de inflação, que estão desancoradas, mas negou qualquer ruído político na decisão unânime do Comitê. “A decisão tomada foi no sentido de dirimir essa interpretação de ruído e que a nossa decisão foi técnica”, afirmou. Ele ressaltou que, no último Copom, houve um “espírito de equipe muito grande”.

As informações são do Correio Braziliense.
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