BOLÍVIA

Governo boliviano anuncia prisão de 17 pessoas ligadas à tentativa de golpe

Entre os presos estão o general Juan José Zúñiga e o vice-almirante Juan Arnez, ex-comandantes do Exército e da Marinha
Por: AFP

Publicado em: 27/06/2024 18:28 | Atualizado em: 27/06/2024 20:24

Prisões incluem militares ativos e reformados (foto: AIZAR RALDES / AFP)
Prisões incluem militares ativos e reformados (foto: AIZAR RALDES / AFP)

O governo boliviano anunciou nesta quinta-feira (27) a detenção de 17 pessoas, incluindo militares ativos e reformados, além de vários civis, pela suposta ligação com o fracassado golpe de Estado contra o presidente de esquerda Luis Arce.

 

"Efetuamos a apreensão de um total de 17 pessoas por tentarem consumar um golpe de Estado", declarou em coletiva de imprensa o ministro de Governo (Interior), Eduardo del Castillo.

 

Haviam sido presos até quarta-feira o general Juan José Zúñiga e o vice-almirante Juan Arnez, ex-comandantes do Exército e da Marinha, respectivamente, acusados de liderar a tentativa de golpe.

 

Nesta quinta, o governo apresentou os outros 15 capturados, que estavam algemados, vestiam coletes à prova de balas e eram vigiados por efetivos policiais.

 

"Isso [tentativa de golpe] estaria planejado desde maio passado", disse o ministro, informando que outros três suspeitos estão sendo procurados.

 

Segundo del Castillo, o plano para derrubar Arce "foi liderado" por Zúñiga e Arnez.

 

Ambos os oficiais foram acusados de insurreição armada e terrorismo, crimes pelos quais podem ser condenados a penas de até 20 anos, segundo o Ministério Público.

 

Entre os civis presos está Aníbal Aguilar, um ex-vice-ministro dos anos 1980 que coordenava o programa de erradicação do narcocultivo.

 

Ainda "não estão todas pessoas que participaram na tentativa" de golpe, acrescentou o ministro do Governo, que pediu ajuda à população para descobrir o paradeiro dos outros suspeitos.

 

"Temos certeza que nas próximas horas daremos mais elementos para dar mais transparência a este golpe de Estado fracassado", concluiu.

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