GUERRA

Moscou ameaça confronto direto com OTAN e envolvimento dos EUA na guerra da Ucrânia

Nas últimas semanas, o Kremlin tem acusado o Ocidente de estar tomando parte no conflito na Ucrânia

Publicado em: 28/06/2024 13:52

Ministério da Defesa da Rússia afirmou que tem registrado um aumento da intensidade de drones norte-americanos no Mar Negro (Foto: Pixabay)
Ministério da Defesa da Rússia afirmou que tem registrado um aumento da intensidade de drones norte-americanos no Mar Negro (Foto: Pixabay)
O Ministério da Defesa da Rússia afirmou que tem registrado um aumento da intensidade de drones norte-americanos no Mar Negro e alegou que eles são usados para reconhecimento e designação de alvos para armas de precisão fornecidas às forças armadas da Ucrânia pelo Ocidente para atacar alvos russos. 
 
"Isto aponta para o envolvimento crescente dos Estados Unidos e dos países da Organização do Tratado do Atlântico Norte, no conflito na Ucrânia, ao lado do regime de Kiev. Os vôos multiplicam a probabilidade de incidentes no espaço aéreo com os aviões das forças aeroespaciais russas, o que aumenta o risco de um confronto direto entre a OTAN e a Rússia. O ministro da Defesa russo, Andrei Belousov, ordenou ao Estado-Maior das Forças Armadas que apresentasse propostas de medidas para responder rapidamente às provocações", alertou o comunicado da pasta ministerial.
 
Nas últimas semanas, o Kremlin tem acusado o Ocidente de estar tomando parte no conflito na Ucrânia, ao autorizar Kiev a realizar ataques condicionais com armas dos países aliados ocidentais contra instalações militares em território russo.
 
Por outro lado, os aliados ocidentais vinham mostrando relutância em ceder essa autorização com receio de causar uma escalada da guerra. No entanto, recentemente autorizou depois de Moscou ter lançado em maio uma nova e intensa ofensiva no leste da Ucrânia.
 
No dia 24 de junho, a Rússia já ameaçou Washington de retaliação, acusando de "matar crianças russas", no dia seguinte após um ataque ucraniano na Crimeia, península junto ao Mar Negro anexada por Moscou em 2014. As autoridades russas garantem ainda que os ataques com mísseis ATACMS de longo alcance não podem ser executados somente por Kiev, uma vez que requerem especialistas, tecnologia e informações recolhidas pelos norte-americanos.
 
O presidente russo, Vladimir Putin, também advertiu no início de junho entregar armas equivalentes aos inimigos do Ocidente para que pudessem atacar os seus interesses em outras regiões do mundo. 
 
O governo ucraniano tem recebido apoio financeiro e em armamento dos aliados ocidentais, incluindo de países da OTAN.
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