FEBRE

Pernambuco registra mais três casos da Febre do Oropouche e contabiliza nove registros da doença, diz Lacen-PE

Segundo o laboratório, o vírus Oropouche isolado foi identificado em um homem e duas mulheres, que não tiveram as idades divulgadas

Publicado em: 27/06/2024 19:15

 (Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz)
Foto: Flávio Carvalho/WMP Brasil/Fiocruz
 
Pernambuco registrou mais três novos casos confirmados da Febre Oropouche e, agora, o Estado registrou nove casos confirmados laboratorialmente da doença. 

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira (27), pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE), vinculado à Secretaria Estadual de Saúde (SES). 

Segundo o laboratório, o vírus Oropouche isolado foi identificado em um homem e duas mulheres, que não tiveram as idades divulgadas. 

A pasta informou que os pacientes residem nos municípios de Camaragibe (Grande Recife), Timbaúba (Mata Norte do Estado) e Jaqueira (Mata Sul do Estado). 

“Com os exames positivos, até o momento, o Estado registrou nove casos da febre. As confirmações são realizadas através do exame de PCR em tempo real. Após resultado negativo de amostras testadas para Dengue, Zika e Chikungunya, é realizada a análise para Oropouche. Todo o procedimento segue as orientações do Ministério da Saúde”, disse a SES, por meio de nota. 

De acordo com a diretora do Lacen, Keilla Paz, é muito importante realizar os testes. 

"O resultado traz um alerta sobre a importância da vigilância laboratorial que deve funcionar de forma rotineira para identificação de arbovírus circulantes na região, que muitas vezes são subnotificados nos sistemas de vigilância em saúde pública", ressaltou a diretora.

Sobre a doença 

A febre Oropouche pode ser provocada por dois vetores bem conhecidos da população local: o maruim e a muriçoca. “Diferente da Dengue, Zika e Chikungunya, cujo vetor é o Aedes aegypti e o ciclo se dá prioritariamente em água limpa, o maruim e a muriçoca possuem preferência por água com muito material orgânico, seja de mangues, córregos, alagados e até de despejo sanitário. O enfrentamento químico com larvicidas e outros produtos não é efetivo neste caso”, explicou o diretor geral de Vigilância Ambiental, Eduardo Bezerra.

Prevenção 

Segundo a SES, a atividade desses insetos se dá com maior intensidade na penumbra, isto é, no amanhecer e no anoitecer. Desta maneira, a adoção de proteção como telas e mosquiteiros, uso de roupas que protejam pernas e braços, além do uso orientado de repelentes, são necessários para evitar a investida dos vetores.
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