CONSELHÃO

"Temos que calibrar a comunicação e emitir sinais corretos", diz Haddad

Declaração do ministro da Fazenda ocorre em meio a críticas do mercado financeiro ao presidente Lula, que questiona a necessidade de corte de gastos

Publicado em: 27/06/2024 16:49


Em encontro do Conselhão, Haddad defendeu os resultados econômicos positivos do governo, mas reconheceu que é preciso ajustar a comunicação  (foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)
Em encontro do Conselhão, Haddad defendeu os resultados econômicos positivos do governo, mas reconheceu que é preciso ajustar a comunicação (foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda)

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconheceu nesta quinta-feira (27) que o governo precisa "calibrar a comunicação" e "emitir os sinais corretos" sobre sua política econômica. A fala ocorreu durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social Sustentável, o Conselhão.

 

A declaração ocorre após reações negativas e críticas do mercado financeiro a falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente questionando a necessidade de cortar gastos. Aliados do governo avaliam que o resultado concreto da economia é positivo, mas há ruídos na comunicação.

 

"Nós reconhecemos a necessidade de encerrar as pressões dos gastos públicos. Desde que, como sempre lembra o presidente, cuidemos dos mais vulneráveis. Reconhecemos os desafios internos e externos. Temos que calibrar nossa comunicação, emitir os sinais corretos para toda a sociedade brasileira, de sustentabilidade social, fiscal e ambiental", discursou Haddad. "Isso tem que ser o lema desse governo. Nós temos que demonstrar na prática que estamos comprometidos com essas metas", acrescentou. 

 

 

Compromisso com o ajuste das contas

 

O ministro também reforçou o compromisso com o ajuste das contas públicas, e mostrou otimismo com o resultado econômico dos quatro anos de mandato do presidente Lula.

 

"É absolutamente possível o senhor terminar o seu mandato com uma inflação média abaixo de 4%, com crescimento médio beirando os 3%. Isso é a menor inflação média de todos os mandatos desde a época do Plano Real", afirmou Haddad.

 

Comentando sobre o cenário internacional desfavorável, como a manutenção da taxa de juros dos Estados Unidos e as incertezas pelas eleições norte-americanas e francesas, o chefe da Fazenda voltou a citar o compromisso com o ajuste das contas, tanto pelo aumento da arrecadação quanto pelo corte de gastos.

 

"A forma de proteger a nossa própria economia é acelerar a agenda de reformas econômicas, acelerar o desenvolvimento de políticas públicas. Buscar o ajuste fiscal, sim, pelo lado da receita e pelo lado da despesa, com inteligência", pontou Haddad.

 

 

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