FAIXA DE GAZA

Ataque de Israel mata médico e toda sua família em Gaza

O ataque se deu após todas as vitimas terem saído depois da ordem de evacuação israelense da cidade de Khan Yunis, no sul do enclave palestino

Publicado em: 03/07/2024 18:18 | Atualizado em: 03/07/2024 18:19

Cinco crianças estão entre os mortos pelo ataque  (foto: Bashar TALEB / AFP)
Cinco crianças estão entre os mortos pelo ataque (foto: Bashar TALEB / AFP)

Um ataque das Forças de Defesa de Israel matou um conceituado médico da Faixa de Gaza, o Dr. Hasan Hamdan, chefe do departamento de queimaduras e cirurgia plástica do Hospital Naser, juntamente com outros oito membros da sua família. O ataque se deu após todas as vitimas terem saído depois da ordem de evacuação israelita da cidade de Khan Yunis, no sul do enclave palestino.

Hamdan deixou Khan Yunis e buscou refúgio com a sua família na casa de um parente, situada numa suposta “zona segura”, mas que foi bombardeada, matando o médico, cinco crianças e três mulheres. Além disso, em toda a região devastada já se somam quase 38 mil mortos e cerca de 80 mil pessoas feridas.

 

Enquanto isso, a Organização das Nações Unidas alertou hoje que evacuações em escala tão maciça ordenada pelo exército israelita em Khan Yunis, apenas aumentam o sofrimento dos civis e as necessidades humanitárias. "As pessoas são confrontadas com a escolha impossível de terem de se deslocar, muitas delas pela segunda ou terceira vez, para zonas que quase não têm espaço nem serviços, ou de permanecerem em zonas onde sabem que haverá combates pesados", disse Stéphane Dujarric, porta-voz do secretário-geral da ONU, António Guterres.

 

De acordo com Dujarric, esta ordem foi a que afetou o maior número de habitantes em Gaza desde o início do conflito, em que as Nações Unidas estimam que até 250 mil pessoas foram atingidas por terem de sair de Al-Qarara, Bani Souhaila e outras cidades próximas de Khan Yunis. 

Segundo a ONU, cerca de 80% dos residentes da Faixa de Gaza estão deslocados.


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