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Depressão refratária: quando terapia e antidepressivos não funcionam

Para o diagnóstico são necessários pelo menos 5 sintomas, sendo que no mínimo um deve ser humor deprimido ou diminuição do prazer

Publicado em: 09/07/2024 10:51

 (Foto: Freepik)
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Cada vez mais vemos pessoas que se queixam de uma depressão que nunca passa, nem com medicamentos. É a chamada depressão refratária, também conhecida como resistente ou depressão maior, que acontece entre 30 a 40% dos casos de depressão e como não há melhora significativa, mesmo com psicoterapia e uso de medicação, a pessoa acaba desistindo do tratamento, dando início a pensamentos suicidas. 

Para o diagnóstico são necessários pelo menos 5 sintomas, sendo que no mínimo um deve ser humor deprimido (ou irritável em crianças e adolescentes) ou diminuição do prazer. Além disso, mais 4 destes sintomas: 

  • Perda ou ganho significativo de peso;
  • Insônia ou sonolência excessiva;
  • Agitação ou retardo psicomotor;
  • Fadiga ou perda de energia;
  • Sentimento de inutilidade ou culpa excessiva inapropriada;
  • Capacidade diminuída para pensar ou se concentrar;
  • Resposta inadequada ou ausência de resposta a dois ou mais antidepressivos após seis semanas de uso;
  • Pensamentos recorrentes de morte, ideação suicida, com ou sem plano.

Ainda não foram esclarecidas as causas, assim como as da própria depressão, mas é possível entender que os corpos são variáveis. Desta forma, o funcionamento individual de cada um pode absorver mais ou menos um remédio. Essa variabilidade começa no estômago e no intestino, determinando o quanto do medicamento será absorvido e irá para a corrente sanguínea. Alguns indivíduos absorvem mais, o que lhes garante um resultado melhor.

Atualmente, uma maneira de encontrar o medicamento mais adequado é realizar um teste farmacogenético, ou seja, um exame de sangue ou saliva que avalia o DNA, identificando qual antidepressivo é mais adequado para a pessoa. 

MULHERES SÃO A MAIORIA DOS MÉDICOS JOVENS NO BRASIL
 
 (Foto: Freepik)
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Nos últimos três anos, cresceu em 26% o número total de médicos jovens no Brasil, cerca de 75 mil em 2020 para mais de 95 mil em janeiro de 2024. Ademais, o número de médicas vem aumentando ano a ano. Atualmente, elas são a maioria dos médicos mais jovens, com menos de 39 anos, em atuação no país: representam 58% dos profissionais nessa faixa etária, enquanto eles são 42%, segundo dados da Demografia Médica 2024, que mostra também que o número de médicos no país dobrou em 15 anos, saltando de 292.794 em 2009 para 575.930 médicos ativos em 2024, uma das maiores quantidades do mundo - o que representa 2,81 médicos para cada mil habitantes.

A nova geração está mudando o perfil e a distribuição de profissionais pelo país. Na Paraíba, por exemplo, alcançou a maior proporção de profissionais com até 29 anos por mil habitantes (0,95), segundo o levantamento Demografia Médica 2024, do CFM (Conselho Federal de Medicina). A média nacional é de 0,53. A capital, João Pessoa,  tem três escolas médicas privadas e uma pública. O CRM-PB (Conselho Regional de Medicina da Paraíba) justifica os números pela oferta de vagas em cursos. O estado tem uma das maiores proporções de vagas por mil habitantes (0,26) do país. Em São Paulo, a taxa é 0,21. 

O Ministério da Saúde também afirma que a Paraíba tem um mercado com capacidade de absorção dessa força de trabalho. A estimativa é que, em cinco anos, o estado tenha dois terços de seus médicos com menos de 40 anos. Além disso, aumentou a oferta de residência médica. Isso faz com que muitos jovens que saíam para se especializar, hoje prefiram fazer a residência na Paraíba mesmo. 

No Nordeste, outros dois estado estão acima da média, Piauí (0,74) e Sergipe (0,59), enquanto cinco estão abaixo.

No Norte, 5 dos 7 estados estão abaixo da média nacional. Amapá e Acre têm as piores proporções, respectivamente, 0,22 e 0,29. O número é atribuído à concentração de médicos nas capitais e à migração de recém-formados para grandes centros urbanos do país.

MARINHA FORMA PRIMEIRAS MULHERES SOLDADOS FUZILEIROS NAVAIS
 
 (Foto: Freepik)
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Um grupo de 114 mulheres concluiu o curso de formação de soldados fuzileiros navais. Assim, a Marinha brasileira se antecipou à decisão do Ministério da Defesa de aceitar o alistamento militar feminino voluntário a partir de 2025.

Para receber as militares, adaptações nos quartéis foram necessárias. Os fuzis, por exemplo, são mais leves que os carregados por homens. Coletes e mochilas também tiveram que ser ajustados ao corpo feminino. A Marinha implementou também  o reconhecimento facial nos alojamento, para garantir privacidade e segurança.

As mudanças resultaram de estudos e intercâmbios com Forças Navais de outros países, que possuem mulheres na linha de frente de combate.
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