Economia

Governo de Pernambuco entrega plano de ação para a transição sustentável no estado

Estado é o primeiro do país a criar um plano, que apresenta propostas práticas para o desenvolvimento econômico por meio de práticas pensadas no meio ambiente

Publicado em: 01/07/2024 20:16 | Atualizado em: 01/07/2024 20:24

O plano operacional com base no %u201CPerMeie%u201D está dividido em cinco eixos, que vão desde o trabalho com a economia da biodiversidade da caatinga até a questão da necessidade do planejamento e do desenvolvimento urbano de maneira sustentável (Foto: Priscilla Melo/DP)
O plano operacional com base no %u201CPerMeie%u201D está dividido em cinco eixos, que vão desde o trabalho com a economia da biodiversidade da caatinga até a questão da necessidade do planejamento e do desenvolvimento urbano de maneira sustentável (Foto: Priscilla Melo/DP)
O Governo do estado lançou, nesta segunda-feira (1º), no Recife, o Plano de Ação e Modelo de Governança, um documento com as propostas e ações para que Pernambuco desenvolva a transição para uma economia sustentável. O guia, desenvolvido pela Consultoria Econômica e Planejamento (Ceplan), faz parte do Plano Pernambucano de Mudança Econômico-Ecológica (PerMeie), lançado em 2023, na COP-28, em Dubai, pela governadora Raquel Lyra. 
 
Com o intuito de alinhar o desenvolvimento de Pernambuco com práticas sustentáveis que envolvem soluções de baixo carbono, incentivo ao hidrogênio verde, energia solar e eólica, o governo do estado desenvolveu o passo a passo com base na transição para uma economia regenerativa. O plano operacional com base no “PerMeie” está dividido em cinco eixos, que vão desde o trabalho com a economia da biodiversidade da caatinga até a questão da necessidade do planejamento e do desenvolvimento urbano de maneira sustentável.
 
Ações em desenvolvimento
 
Entre as ações práticas do plano que já estão sendo realizadas em Pernambuco, Raquel Lyra citou o projeto “Sertão Vivo”. “Nós já temos assinado com o BNDES um financiamento de 300 milhões de reais para trabalhar com agroecologia. Fizemos a primeira assinatura com o BNDES do programa Sertão Vivo, que é um trabalho de regeneração da caatinga, parai permitir, inclusive aos pequenos proprietários de áreas rurais, que eles possam receber recursos para manter a floresta de pé e também para que nós possamos regenerar um bioma que é de uma das riquezas maiores de biodiversidade do mundo”. Ainda de acordo com a gestora, estudos indicam que a captura de carbono na caatinga pode ser ainda mais eficiente do que na própria floresta Amazônica. 
 
“A virtude maior desse plano é o fato de que a gente põe no papel coisas que a gente já está experimentando ou executando aqui em Pernambuco. Por exemplo, a troca da matriz econômica lá da região do Araripe para a produção do gesso. Há mais de vinte anos que tem um problema sério de desmatamento da caatinga para o uso de lenha. O que a gente pôs na prática agora foi levar a Copergás para investir em uma rede de tubulação em Araripina, trazer a nossa agência de fomento para financiar as empresas que estão convertendo seus fornos para o gás”, ressalta o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado, Guilherme Cavalcanti.
 
A secretária de Meio Ambiente, Sustentabilidade e de Fernando de Noronha de Pernambuco, Ana Luiza Ferreira, explica algumas práticas socioeconômicas que também estão no plano. “Temos uma visão de economia circular, nós falamos sobre a bioeconomia da caatinga,  agroflorestas e de agroecologia. Estratégias para reduzir as desigualdades também no campo e permitir dignidade a essas pessoas no território em que elas vivem. Quando a gente fala de conscientização, temos o eixo 2 sobre mobilização cultural e de educação que vai potencializar o quanto o pernambucano e a pernambucana estão familiarizados com a necessidade da gente enxergar o patrimônio ambiental de Pernambuco”, aponta Ana Luiza. 

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