EUROPA

Hungria assume a presidência da União Europeia

Entre as prioridades do país, estão o combate à migração ilegal, um novo pacto europeu de competitividade e o reforço da política europeia de defesa

Publicado em: 01/07/2024 11:53

Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán (Foto: TOBIAS STEINMAURER / APA / AFP
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Primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán (Foto: TOBIAS STEINMAURER / APA / AFP )
Nesta segunda-feira, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán, assumiu a presidência rotativa da União Europeia (UE), sucedendo à Bélgica na presidência rotativa do Conselho. 
 
Entre as prioridades da Hungria, estão o combate à migração ilegal, um novo pacto europeu de competitividade, o reforço da política europeia de defesa, a soberania e segurança alimentares, o futuro da política de coesão, a melhoria da política agrícola da UE centrada na economia, a melhoria da política agrícola da UE centrada na economia e respostas aos problemas demográficos.
 
Orbán é o líder mais antigo da UE e recentemente reforçou a sua retórica contra a “elite tecnocrática de Bruxelas”.  Os analistas políticos internacionais prevêem que Orbán vai continuar a bloquear questões-chave, como fez com a ajuda do bloco à Ucrânia, ao mesmo tempo em que deve relaxar as restrições sobre questões do Estado de direito, nas quais ele é censurado por Bruxelas para desbloquear fundos da UE.
 
Bruxelas já congelou milhões de euros em fundos para a Hungria, alegando preocupações com a corrupção e o respeito pelo Estado de direito. Ambos as partes ainda estão em desacordo sobre temas como as migrações ou o apoio à Kiev.
 
Na contramão dos dirigentes europeus, Orbán apoia o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e segue o mesmo sloglan ao prometer sob a sua liderança da UE “tornar a Europa grande outra vez”, como o Make America Great Again usado por Trump nas presidenciais de 2016. No entanto, o governo húngaro nega qualquer semelhança, e afirma que como presidente da UE é capaz de tornar a Europa um ator global.
 
O nacionalista radical Orbán também mantém relações próximas com o presidente da Rússia, Vladimir Putin, e com o líder chinês Xi Jinping, sendo, além disso, criticado pelos países ocidentais pelas suas opiniões e acusações à Organização do Tratado do Atlântico Norte e a UE de provocarem um cenário de “guerra mundial”.
 
Para Andrea Peto, analista da Universidade da Europa Central, Orbán joga jogos diferentes para públicos diferentes. “As más notícias nunca chegarão aos seus eleitores, que apenas se informam através dos meios de comunicação controlados pelo Estado. O que realmente está a acontecer não importa”, aponta Peto, acrescentando que o único objetivo do primeiro-ministro húngaro é manter o controle sobre o país juntamente com o seu círculo próximo de oligarcas.
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