CESTA BÁSICA

Lula defende imposto zero sobre carnes na reforma tributária

O chefe do Executivo acenou a empresários presentes no evento, afirmando que os mesmos não precisam gostar dele, mas ele vai gostar dos empresários, porque não despreza "possíveis eleitores"

Publicado em: 03/07/2024 21:37 | Atualizado em: 03/07/2024 21:46

O presidente destacou que foi nos governos petistas que o Plano Safra ofereceu os maiores valores e que "nunca pediu para ninguém do setor agradecê-lo" (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)
O presidente destacou que foi nos governos petistas que o Plano Safra ofereceu os maiores valores e que "nunca pediu para ninguém do setor agradecê-lo" (foto: Ed Alves/CB/DA.Press)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) defendeu, nesta quarta-feira (03), a isenção de impostos sobre carnes, uma das pautas discutidas na reforma tributária. A declaração ocorreu durante anúncio do Plano Safra 2024/2025, no Palácio do Planalto.

 

"Estamos com um pequeno problema. Temos que discutir o que vai entrar na cesta básica. O que que a gente vai isentar de imposto para a cesta básica? Vocês que são produtores sabem que já tem a briga: ‘Carne entra? Carne sai? Fica? Entra carne de primeira, de segunda? Na verdade, vamos ter que entender que possivelmente a gente tenha que separar carne in natura e processada, mas sou daqueles que vou ficar feliz se eu puder comprar carne sem imposto, eu que prometi na campanha que o povo ia voltar a comer picanha e tomar cerveja", disse.

 

Ele destacou que foi nos governos petistas que o Plano Safra ofereceu os maiores valores e que “nunca pediu para ninguém do setor agradecê-lo”.

 

“Foi no meu governo e no da Dilma que tivemos os maiores planos safras da história desse país, pode pegar Deodoro, Café Filho, Getúlio, Juscelino, FHC, Collor, Bolsonaro. Nós fizemos sempre os melhores planos Safra desse país e nunca pedi para nenhum empresário agradecimento. Eu faço por obrigação porque sei a importância da agricultura brasileira e sei o significado de vocês”.

 

“Precisamos incentivar muito o crescimento da nossa agricultura. Por isso que fazemos um plano Safra melhor do que aqueles que parecem que gostam de vocês mas não gostam. Vou morrer sem nunca perguntar para um empresário se ele gosta de mim ou não”. O chefe do Executivo ainda acenou a empresários presentes na plateia, afirmando que os mesmos não precisam gostar dele, mas ele vai gostar dos empresários, porque não despreza "possíveis eleitores".

 

O petista também afirmou que não são os Sem-Terra que estão tomando terras, mas os bancos. "Acredito na democracia. A sociedade tem que debater. Vamos ser francos. Hoje, não é o sem-terra que toma terra de vocês. São os bancos que tomam terras de vocês. Se a gente for sincero entre nós e honesto, não precisamos...não precisa ter compromisso ideológico, não precisa gostar de mim. Eu certamente vou gostar de vocês, porque não desprezo possíveis eleitores. Trato bem todo mundo", disse Lula.

 

 

Haddad elogia a bancada ruralista

 

O ministro da Economia, Fernando Haddad destacou tratar-se do “maior plano safra da história”. “Esse plano é completamente aderente ao plano de transformação ecológica do Brasil. Essa ideia de financiar a juros baixos a recuperação de terra degradada e recolocar essa terra a serviço da produção, tanto de alimentos quanto de grãos exportáveis ou pasto, essa é uma das principais demandas do mundo em relação ao Brasil com respeito à agropecuária”, disse.

 

Haddad também elogiou a Frente Parlamentar da Agricultura por ocasião da conclusão das negociações em torno da reforma tributária.

 

“Sabemos que é uma bancada forte, mas que tem sido respeitosa em relação ao projeto de país. A relação tem sido muito respeitosa, tenho recebido a FPA no gabinete inúmeras vezes com muitas pautas importantes para o Brasil. Penso que essa é uma demonstração de maturidade da nossa classe empresarial, dos nossos agricultores em geral que tem feito chegar ao parlamento boas teses que vão aperfeiçoar o sistema tributário nessa que é a maior reforma tributária do país”.

 

“É uma oportunidade de ouro de combinar várias políticas, a reforma tributária que vai acabar com exportação de tributos, acabar com tributação sobre investimento e combinar isso com crédito barato, investimento em ciência e tecnologia. Com crédito, ciência e tributação justa ninguém vai parar a agropecuária no nosso país desde o pequeno ao grande produtor voltado para exportação”, concluiu.

 

 

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