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Recife lidera competitividade entre cidades fora do eixo Sul-Sudeste

Estudo coloca a capital pernambucana como a 8ª mais competitiva do país, enquanto Pernambuco registra a maior queda entre os estados, e ocupa a 19ª posição

Publicado em: 21/08/2024 17:50

O Recife se destaca como o município mais competitivo entre todas as cidades do Norte,  Nordeste e Centro-Oeste (Foto: Arquivo/DP)
O Recife se destaca como o município mais competitivo entre todas as cidades do Norte, Nordeste e Centro-Oeste (Foto: Arquivo/DP)
O Recife se destaca como o município mais competitivo entre todas as cidades do Norte,  Nordeste e Centro-Oeste, segundo o Ranking de Competitividade dos Municípios, divulgado na última quarta-feira (21). 

Esta posição é resultado de uma avaliação realizada pelo Centro de Liderança Pública (CLP) e que considerou diversos indicadores socioeconômicos e de infraestrutura, refletindo a capacidade da cidade de atrair investimentos e promover o desenvolvimento sustentável.

A capital pernambucana alcançou o primeiro lugar fora das regiões Sul e Sudeste, destacando-se em áreas como capital humano, segurança, sustentabilidade fiscal e inserção econômica. 

Esses fatores foram decisivos para consolidar a liderança no ranking que avaliou os 404 municípios brasileiros com mais de 80 mil habitantes, que correspondem a 60% da população brasileira. 

A análise busca proporcionar uma visão abrangente da competitividade dos municípios, sendo um importante indicador para investidores e gestores públicos.

Na comparação nacional, Recife ocupa a 53ª posição, sendo a cidade mais bem colocada do Nordeste. 

No entanto, a lista das 50 cidades mais competitivas do Brasil é composta exclusivamente por municípios das regiões Sul e Sudeste. Num recorte mais amplo, das 100 primeiras cidades, 96 estão no Sul e Sudeste. 

Além de Recife, apenas três outras cidades fora dessas regiões figuram entre as 100 mais competitivas: Palmas (TO), na 65ª colocação, Campo Grande (MS), na 86ª, e Fortaleza (CE), na 96ª.

Quando analisadas as capitais, Recife ocupa a 8ª posição, atrás de Florianópolis (SC), que lidera o ranking, seguida por São Paulo (SP), Vitória (ES), Porto Alegre (RS), Curitiba (PR), Belo Horizonte (MG) e Rio de Janeiro (RJ).

A metodologia do ranking envolve a análise de 65 indicadores, agrupados em 13 pilares, como educação, saúde, segurança, saneamento e meio ambiente, infraestrutura, e capacidade fiscal. 

A posição de Recife reflete um avanço significativo em vários aspectos, especialmente em comparação com outros municípios da região. 

A liderança no Nordeste indica um reconhecimento da gestão eficiente e dos investimentos estratégicos realizados nos últimos anos, que contribuíram para a melhoria da qualidade de vida e a criação de um ambiente mais propício ao desenvolvimento econômico.

O desempenho de Recife contrasta com o de outras capitais nordestinas, onde algumas ainda enfrentam maiores desafios em termos de competitividade. 

A segunda posição no ranking nordestino foi ocupada por Fortaleza, seguida de Teresina (PI), João Pessoa (PB) e Salvador (BA). Salvador subiu 20 posições, alcançando o 188º lugar no ranking nacional e o sexto no Nordeste. 

Maceió (AL) também teve um avanço significativo, subindo 38 posições e ficando em 199º no ranking nacional e em sétimo na região.

O Ranking de Competitividade dos Municípios se consolidou como uma ferramenta relevante para análise do desenvolvimento urbano no Brasil, fornecendo subsídios para a formulação de políticas públicas e estratégias de gestão que visam promover o crescimento equilibrado e sustentável dos municípios.

Estados

Pernambuco apresentou um resultado negativo no Ranking de Competitividade dos Estados, caindo da 16ª para a 19ª posição no cenário nacional, a maior queda registrada entre todos os estados brasileiros. 

No ranking do Nordeste, o Estado agora ocupa apenas a 5ª colocação, atrás de Paraíba, Ceará, Alagoas e Sergipe. A avaliação, que também foi realizada pelo Centro de Liderança Pública, reflete um desempenho abaixo do esperado em diversos indicadores, destacando-se como um ponto de atenção para a gestão estadual.

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