SAÚDE

Apenas 11% dos adolescentes em Pernambuco tem segunda dose da vacina da dengue, diz Ministério da Saúde

Ministério da Saúde distribuiu 4,7 milhões de doses para todo o país. Pasta orienta que o público-alvo complete o esquema vacinal

Publicado em: 24/09/2024 17:23

O esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa (Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil)
O esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa (Foto: José Cruz/Arquivo Agência Brasil)
Apenas 11% dos adolescentes pernambucanos completaram o ciclo vacinal da dengue com a segunda dose do imunizante, segundo dados do Ministério da Saúde (MS), divulgados nesta terça-feira (24).

De acordo com o Ministério, das 112,7 mil doses recebidas, apenas 50,3 mil primeiras doses foram aplicadas, e pouco mais de 5,4 mil pessoas retornaram para a segunda dose. os dados preliminares são do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI).

No Brasil foram aplicadas  2,2 milhões de primeiras doses de vacinas aplicadas contra a dengue. No entanto, há 636 mil registros de segundas doses. Isso significa que menos da metade das pessoas que tomaram a dose inicial buscaram a dose adicional.

O esquema vacinal requer um intervalo de três meses, e a população precisa ficar atenta à caderneta de vacinação para garantir a imunização completa.

A vacinação é uma das inovações para enfrentar a dengue, que em 2024 aumentou em todo o mundo, sobretudo devido às mudanças climáticas. Para ter proteção contra casos graves e hospitalizações por dengue, o público-alvo precisa tomar duas doses do imunizante incorporado de forma inédita no Sistema Único de Saúde (SUS).

Segundo o Ministério da Saúde, o público com mais casos de hospitalização por dengue em 2024 é composto por crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. Elas ficam atrás apenas de pessoas idosas, grupo para o qual a vacina não foi liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). 

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel, alerta para a necessidade de se vacinar. 

“Dentro da faixa etária indicada pelo laboratório para receber a vacina, selecionamos o intervalo com maior número de hospitalizações por dengue no Brasil. Contudo, esse público tem uma adesão menor, justamente por não ser uma idade que frequenta os serviços de saúde rotineiramente. Por isso, os pais e responsáveis precisam levar as crianças e adolescentes para se vacinar. É um ato de amor e de responsabilidade”, destaca. 

Os critérios para a definição dos municípios escolhidos para receber as doses da vacina foram definidos seguindo as recomendações da Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização (CTAI) e da OMS. 

As vacinas serão destinadas a regiões de saúde com municípios de grande porte com alta transmissão nos últimos dez anos e população residente igual ou maior a 100 mil habitantes, levando também em conta altas taxas nos últimos meses. 

Combate ao mosquito

A ferramenta mais eficaz para enfrentar o mosquito da dengue é a prevenção. Isso porque a capacidade de produção do laboratório que fornece as vacinas não é suficiente para atender à demanda do Brasil. 

Por isso, além das ações realizada pelos agentes de saúde, a população deve fazer a sua parte: 

Use de telas nas janelas e repelentes em áreas de reconhecida transmissão;
Remova recipientes nos domicílios que possam se transformar em criadouros de mosquitos;
Vede reservatórios e caixas de água;
Desobstrua calhas, lajes e ralos;
Participe da fiscalização das ações de prevenção e controle da dengue executadas pelo SUS.
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