Investigação de lavagem de dinheiro e jogos ilegais

Declarações de Deolane provocam reação de delegados: ''inadmissíveis''

Influenecer e advogada disse que primeira prisão foi ''injusta e arbitrária''. Para Adeppe, afirmações não podem ser proferidas por ''uma profissional que conhece os limites legais e éticos de sua atuação''

Publicado em: 13/09/2024 08:25 | Atualizado em: 13/09/2024 09:32

Deolane saiu de presídio e fez críticas a delegado  (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Deolane saiu de presídio e fez críticas a delegado (Foto: Rafael Vieira/DP Foto)
Declarações da influencer e advogada pernambucana Deolane Bezerra, de 36 anos, provocaram uma reação indignada dos delegados de Pernambuco. 
 
Nos últimos dias, Deolane foi presa em uma investigação nacional sobre lavagem de dinheiro de jogos ilegais. 
 
Solta por habeas corpus, que deu benéfico a ela devido à filha de 8 anos, a influencer deixou a cadeia “atirando”. 
 
Disse que a prisão era, entre outras coisas, “injusta” e "criminosa". Com isso, ela descumpriu medidas cautelares e perdeu o benefício de prisão domiciliar, sendo levada para uma penitenciária no interior pernambucano, onde ainda se encontra.
 
Diante das declarações, a Associação dos Delegados de Polícia de Pernambuco (Adeppe) postou nas redes sociais uma nota e repúdio.
 
Nessa nota, a entidade também demonstra insatisfação com outro trecho das declarações de Deolane. É que a inluencer  a acusou o delegado Paulo Gondim de abuso de autoridade no exercício de suas funções. 
 
“Essas afirmações são inadmissíveis, especialmente vindo de uma profissional que conhece os limites legais e éticos de sua atuação”, disse a Adeppe.

A associação destaca, ainda, “o uso inadequado dos meios de comunicação por parte da advogada, em desrespeito ao termo de liberdade provisória, que proíbe expressamente o uso desses canais para qualquer finalidade que comprometa a ordem pública ou interfira em investigações em andamento”.
 
Para a Adeppe, as  declarações de Deolane Bezerra “não apenas violam essa determinação, como também desrespeitam a autoridade judicial.

Medidas
 
Diante desses fatos, a Associação dos Delegados de Polícia  informou que enviou à 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE)  um ofício para pedir a revisão e, eventualmente, a revogação da liberdade provisória de Deolane Bezerra. 
 
“É fundamental que as decisões judiciais mantenham seu caráter coercitivo, garantindo a prevalência da justiça e a preservação da ordem. Requeremos também a apuração, por meio judicial, de possíveis crimes previstos no art. 2º, §1º, da Lei 18.850 e crimes qualificados contra a honra”, afirmou a nota.

No final, a Adeppe afirmou que assegura  “seu compromisso com a legalidade e a justiça, apoiando integralmente o trabalho dos delegados de polícia, que atuam com integridade e dedicação em defesa da sociedade”



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